História de Marielle Franco ganha documentário e série no Globoplay

A trágica história de Marielle Franco será tema de dois projetos no Globoplay. Um deles é Marielle – O Documentário, uma série com seis episódios que já estreia na plataforma em 13 de março. Primeira série documental do serviço de streaming, o projeto tem direção e roteiro de Caio Cavechini (Cartas Para um Ladrão de Livros), assinando o texto junto com Eliane Scardovelli. Além de imagens de arquivo, a obra contará com entrevistas com familiares, policiais, jornalistas que cobriram o caso, procuradores e autoridades políticas.

“A série não vai buscar responder quem matou Marielle. Nós acreditamos que esse é um trabalho de investigação que as autoridades já estão empenhadas em resolver, e na nossa visão não é o papel do Globoplay. Queremos mostrar quem foi Marielle e falar a respeito de sua vida desde a infância até a carreira política e o momento em que ela foi brutalmente assassinada e silenciada”, afirmou Erick Brêtas, diretor geral do Globoplay.

Além disso, já foi anunciado que a vida de Marielle Franco será transformada numa série ficcional dirigida por José Padilha. A ideia é acompanhar desde sua infância, sua carreira política até a morte. Tal projeto já está confirmado, mas ainda está no início de seu desenvolvimento. “No momento em que eu recebi a proposta para dirigir uma série dramatúrgica sobre a vida de Marielle, eu estava em Los Angeles e já tinha projetos fechados com a FX, Showtime, e mais algumas outras emissoras. Mas depois de ouvir a ideia da Antônia [Pellegrino, criadora do argumento original], simplesmente pausei tudo que eu tinha a fazer e vim para o Brasil. Porque eu acredito que isso seja muito mais importante”, disse o cineasta.

Já o primeiro episódio de Marielle – O Documentário será exibido na Rede Globo no dia 12 de março, após o Big Brother Brasil, antes de sua estreia na plataforma.

Nascida e criada no conjunto de favelas do Complexo da Maré, Marielle Franco se destacou por lutar pelos direitos de grupos historicamente marginalizados pelo poder público, como os moradores de favelas, as mulheres, a população negra e a população LGBT. Ela coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro antes de se tornar vereadora, sendo a quinta candidata mais votada da cidade. Marielle foi assassinada a tiros, junto com o motorista Anderson Pedro Gomes, em 14 de março de 2018, em um caso que causou revolta no Brasil e no mundo. As informações são do Adoro Cinema.