“Hipster da Federal” diz que recebeu propostas para seguir carreira artística

A carreira na PF (Polícia Federal) pode estar com os dias contados para Lucas Valença, de 30 anos. O “Hipster da Federal”, como ficou conhecido após aparecer conduzindo o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB), que foi preso em Brasília, recebeu propostas para seguir carreira artística.

Pelo menos por enquanto, Valença aproveita uns dias de férias para colocar a vida nos eixos devido ao assédio que aumentou na sua vida pessoal. Os antes cerca de 1.000 seguidores nas redes sociais pularam para mais de 240 mil em poucos dias.

— Tem muita coisa passando pela cabeça agora. Ainda não sei se seguirei carreira artística porque não dá para conciliar com a carreira policial. Apareceram algumas propostas, mas eu vou pensar no que fazer.

Valença também deve se preparar para uma possível punição em um processo disciplinar da PF. As normas da corporação não permitem que um dos seus funcionários participe de programas de TV sem autorização — e Valença já foi ao Programa do Porchat e ao Encontro com Fátima, por exemplo.

Com a repercussão na mídia, antigas declarações de Valença foram expostas. Uma delas é sobre o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). O agente declarou apoio à saída da petista na época. Agora, decidiu apagar a declaração.

— Eu tinha falado algumas coisas no meu Facebook sobre política apenas para os meus amigos. Eu dei uma opinião pessoal e acredito que os todos os cidadãos têm que ter opinião [sobre] política. A minha opinião era pessoal, mas se tornou pública. Então, eu achei melhor tirar do ar justamente para não vincular uma opinião com a da instituição.

Sobre o aumento do assédio feminino, Valença desconversa.

— Aumentou bastante, mas está bem engraçado. Eu estou levando na brincadeira.

O “Hipster da Federal” está de férias da corporação, onde trabalha há três anos. Ele volta ao cargo em algumas semanas, mas já sabe que não poderá realizar as mesmas tarefas de antes da fama.

— Talvez eu tenha dificuldade em trabalhar com serviços velados por conta da exposição. Mas a Polícia Federal é muito grande. O pouco efetivo que tem tira leite de pedra para conseguir fazer tudo o que faz. Então, acredito que tem lugar para eu continuar trabalhando.

Fonte: R7