O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai anunciar nesta quarta-feira (27/11) a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil. A medida é uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que disse que entregaria a ampliação da isenção até 2026.
O anúncio deverá ser feito em pronunciamento de Haddad em rede nacional, na noite desta quarta, com duração de pouco mais de 7 minutos. A declaração ocorre ante a expectativa pelo pacote de corte de gastos.
O Metrópoles apurou que a fala do ministro já foi gravada e é o primeiro pronunciamento dele no cargo em rede nacional. A declaração vai ao ar às 20h30.
Em card de divulgação do pronunciamento, disparado pela assessoria de comunicação da Fazenda, Haddad aparece ao lado dos dizeres “Brasil mais forte” e “Governo eficiente, país justo”. No entanto, a gestão federal ainda não detalhou o tema da gravação.
Está prevista a realização de uma coletiva de imprensa na quinta-feira (28/11) de manhã, também com a presença do titular da Fazenda.
Entre as pendências para anúncio do plano, estão reuniões de Haddad e do presidente Lula com os presidentes do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
Na terça-feira (26/11), Lira declarou não ter visto as medidas do pacote ainda. O ministro Fernando Haddad afirmou que as conversas com Pacheco e Lira, além de facilitarem a tramitação no Legislativo, tratam-se de “elegância” e “sinal de deferência”.
Na terça-feira (26/11), Lira declarou não ter visto as medidas do pacote ainda. O ministro Fernando Haddad afirmou que as conversas com Pacheco e Lira, além de facilitarem a tramitação no Legislativo, tratam-se de “elegância” e “sinal de deferência”.
Haddad também se mostrou esperançoso de ver o texto aprovado até o fim do ano. Apesar do recesso parlamentar começar em menos de um mês, no dia 23 de dezembro, Lira disse ver viabilidade em aprovar logo o pacote: “Tem que ser. Eu imagino que tenha necessidade de ser”.
Militares no corte
O governo federal realizou, nas últimas semanas, diversas reuniões sobre o tema, envolvendo pastas da área social, como Saúde, Educação, Trabalho e Emprego e Previdência Social. Nesse tempo, alguns modelos de cortes foram pensados, envolvendo certos ministérios.
Dessa forma, os militares entraram no esforço do ajuste fiscal. A inclusão da pasta da Defesa na lista de cortes ocorreu por pedido de Lula e Haddad, mais por um valor simbólico de que não seria prejudicada apenas a área social do governo.
A necessidade de uma revisão dos gastos se dá após um alerta do Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo o órgão, caso as contas continuem aumentando, elas poderão afetar o funcionamento de políticas públicas e investimentos. Do Metrópoles.