Guarda acusado de feminicídio estaria recebendo salário irregularmente da Prefeitura de Bayeux

A promotora de Justiça de Bayeux Maria Edlígia Chaves Leite instaurou, nesta quarta-feira (4) um inquérito civil para apurar a conduta de autoridades administrativas do município em relação ao caso do guarda municipal Marcos Antônio Véras, acusado de feminicídio contra sua ex-companheira, Lidjane Maria da Conceição. Ela foi assassinada com um tiro na cabeça em outubro de 2023 e Marcos ficou preso preventivamente até março deste ano.

O inquérito foi convertido a partir de um Procedimento Preparatório instaurado em 03 de dezembro de 2024, com base em uma denúncia anônima recebida pela Ouvidoria do Ministério Público da Paraíba. A denúncia alega que o Corregedor e a Comissão Disciplinar de Inquéritos, supostamente a mando do comandante Thales Trajano, estariam se omitindo nos processos disciplinares envolvendo pessoas ligadas ao sindicato. Além disso, o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) do guarda municipal Marcos Antônio Véras, preso por feminicídio, não estaria tramitando e o acusado estaria recebendo salário irregularmente.

O objetivo do inquérito é apurar se houve lesão aos princípios da Administração Pública, enriquecimento ilícito e dano ao patrimônio público, buscando assegurar o cumprimento das normas que regem a boa administração pública. A promotora Maria Edlígia Chaves Leite busca esclarecer os fatos e determinar as responsabilidades das autoridades administrativas do município de Bayeux.

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Relembre o caso

Lidijane Maria da Conceição, de 41 anos, foi morta com um tiro na cabeça, em outubro de 2023. O crime aconteceu em Bayeux, na Grande João Pessoa.

A Polícia Militar, ao chegar no local, encontrou a mulher caída em uma das suítes da casa e o companheiro dela, com quem tinham um relacionamento a cerca de seis meses, foi preso. O suspeito foi identificado como o guarda municipal Marcos Antônio Alves Veras de Lima.

Em depoimento, o suspeito afirmou que eles tiveram uma discussão. Ele foi encaminhado para a carceragem da Central de Polícia de João Pessoa e passou por audiência de custódia.

O suspeito de matar Lidijane já foi condenado três vezes por porte ilegal de arma.