Greve acaba em bancos privados e segue com força em bancos públicos

Bancários de todo o país voltaram ao trabalho nesta terça (7), após uma semana de paralisação. A decisão foi adotada pela maioria dos grevistas – todos da rede privada e a maoria dos sindicatos representativos dos bancos oficiais – depois da nona rodada de negociações entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na última sexta-feira (3), quando a representação sindical dos bancários aprovou a proposta dos bancos e recomendou o fim da greve.

Em assembleias na noite desta segunda-feira (6), sindicatos votaram pelo fim da mobilização, que começou no último dia 30 de setembro. Mas, segundo a Contraf, alguns sindicatos rejeitaram as propostas específicas do Banco do Brasil, inclusive na Paraíba, Porto Alegre, Curitiba e Roraima. Com relação à Caixa, a greve prossegue em Florianópolis, Bahia, Amapá e Roraima. A greve também continua no Banco do Nordeste do Brasil, Banco da Amazônia e no Banrisul. Nesses casos, novas rodadas de negociação serão marcadas durante a semana.

Entre outros benefícios, a proposta prevê reajuste de 8,5% nos salários, sendo 2,02% de aumento real (acima da inflação acumulada de setembro do ano passado a agosto deste ano). Os bancos ofeceram também aumento de 9% (2,49% acima da inflação) nos pisos salariais da categoria e 12,2% no vale-refeição. Segundo a Contraf, a proposta da Fenaban também traz avanços não econômicos, como mecanismos de combate às metas abusivas e ao assédio moral, que deverão evitar o adoecimento e o afastamento de bancários.

 

Da redação com Agência Brasil