A gráfica Valid admitiu ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) ter identificado duas falhas na impressão das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). As explicações foram dadas pela gráfica no começo da semana, e o Inep já prestou esclarecimentos ao Ministério Público – diretamente à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão. As informações foram divulgadas pelo jornal “Folha de S. Paulo”.
O documento apresentado pela gráfica tem os detalhes sobre os problemas, que resultaram em notas erradas para quase seis mil candidatos do Enem.
A Valid, que até agora não se manifestou publicamente, disse ao instituto que eles identificaram duas causas específicas, mas com efeitos similares.
De acordo com a gráfica:
“As provas passam por uma verificação redundante e todos os casos de desvio na comparação sistêmica com os dados registrados são identificados e encaminhados a uma célula de reprocessamento.”
E ainda complementou:
“um código de desvio, apesar de estar sendo identificada em regime de produção, não estava recebendo o tratamento sistêmico esperado. Por decorrência estas provas não foram encaminhadas à célula de reprocesso para seu respectivo tratamento.”
Além disso, concluiu que:
“nas células de reprocesso, uma para cada dia de aplicação, os casos de desvios identificados são analisados e definido o tratamento correto e estes passam por uma nova verificação redundante nesta fase do processo, e especificamente no segundo dia de aplicação, após sermos acionados pelo Inep, foi identificada uma instabilidade em um sensor específico de disparo de leituras dos cadernos de prova.”
Ou seja, na hora da impressão ocorreram erros que não foram corrigidos pelo sistema da gráfica.