A equipe de transição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou, neste sábado (17), que o novo governo vai ter 37 ministérios.
A informação foi dada pelo futuro ministro da Casa Civil, Rui Costa. Ao lado da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, Costa detalhou o futuro ministério do novo governo. Em vez dos atuais 23 ministérios, serão 37.
O desenho considera a recriação dos ministérios da Pesca, das Cidades e dos Esportes. A criação do Ministério dos Povos Originários, uma promessa de campanha. A divisão do atual Ministério da Infraestrutura em dois: um, responsável por portos e aeroportos, e o de transportes, que vai cuidar de rodovias e ferrovias. E o atual Ministério da Economia se desdobrará em quatro: Fazenda, Planejamento, Gestão e Indústria e Comércio.
“Por determinação do presidente da República, isso está sendo feito sem haver ampliação de cargos. Como diz o ditado: ‘é fritar o porco com a própria banha’. E, portanto, nós vamos buscar melhorar a representatividade através dos ministérios, com o simbolismo dos diversos segmentos que querem se ver representados no governo, sem com isso implicar em aumento do gasto público, mas focando e melhorando a gestão pública. A ideia central é repetir o que a gente está chamando de Lula dois, que seria a estrutura do segundo governo de Lula que se encerrou em 2010”, explicou Rui Castro.
Segundo integrantes da equipe de transição, o empresário Josué Gomes, presidente da Fiesp, não pode aceitar o convite de Lula para assumir o ministério de Indústria e Comércio, porque precisa ficar no comando de suas empresas.
Um dos desafios é acomodar os interesses políticos de 14 partidos aliados. Um exemplo é para onde vai Simone Tebet (MDB). Ela e seu partido esperavam a indicação para o Ministério do Desenvolvimento Social, que cuida, por exemplo, do Bolsa Família. Mas o PT quer a pasta.
Lula pretende anunciar nomes ao longo da próxima semana. Há expectativa de um encontro dele com o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas), no máximo até domingo (18). Depende de Lira o andamento da PEC da Transição, que está na Câmara. Lula tem dito à sua equipe que não quer misturar negociação da PEC com a escolha de ministérios.
“O Senado, em momento nenhum, condicionou a uma negociação de ministérios ou de cargos e a gente tem a confiança, a crença de que a Câmara fará a mesma coisa”, disse Rui Costa.
Do g1