Governo da PB promove debate papel da mídia paraibana para os jovens

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer (Sejel), em parceria com a Secretaria de Comunicação Institucional (Secom), realizou, nessa terça-feira (22), uma palestra dentro da programação do Mês da Juventude 2017 para debater o papel do jornalismo paraibano na construção de políticas públicas para os jovens. Com o tema “Juventude, Vulnerabilidade Social e Cobertura Midiática”, o evento ocorreu no Cine Aruanda, no Campus I da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

De acordo com a secretária executiva da Sejel, Priscilla Gomes, o debate reafirma o compromisso do Governo do Estado com a juventude paraibana. “Além de todas as políticas públicas implementadas pelo Governo do Estado em prol da juventude, como a construção de escolas técnicas, programas de inclusão social, como o Prima, é necessário também que essas construções ocorram no âmbito das ideias, da conscientização”, destacou, lembrando o tema desta edição do Mês da Juventude, focado na pluralidade: “Sem rótulos – quem me define sou eu”.

Durante a mesa redonda, que contou com a participação de profissionais dos principais meios de comunicação do Estado, foram discutidos temas como a influência que a mídia exerce na construção de políticas públicas para a juventude, o papel do jornalista como mediador da informação, as ações do Governo do Estado e a importância de espaços democráticos no jornalismo para possibilitar a construção de novas narrativas para as minorias sociais na efetivação de políticas públicas para a juventude

Na ocasião, o diretor executivo de Desenvolvimento Estudantil da Secretaria de Educação do Estado, Tulhio Serrano, apresentou as ações do Governo do Estado no âmbito da Educação, a exemplo do projeto Liga pela Paz, desenvolvido para refletir a educação emocional e social dos jovens em situação de risco social. “A gente tem trazido a metodologia cultura pela paz para desenvolver no jovem o respeito ao próximo, não pensamos apenas na educação do português e matemática, mas na formação integral desse aluno. Outro projeto desenvolvido pela Secretaria de Educação é o Se Sabe De repente que estimula o protagonismo juvenil dentro da escola, ” explicou.

Por sua vez, Janaína Santos, gerente operacional de Equidade Racial da Secretaria da Mulher e Diversidade Humana, afirmou que um dos objetivos da pasta é compreender de que forma os meios de comunicação auxiliam na construção dessas políticas. “Nós precisamos entender qual o papel da mídia, do Estado, das políticas públicas, entender a questão da intersetorialidade para trabalharmos a vulnerabilidade social e o racismo, para que a equidade racial aconteça”, disse.

O que dizem os profissionais

Para Felipe Gesteira, editor-geral do jornal A União, há fragilidade na concessão pública dos veículos de comunicação, o que permite que a violência seja banalizada e minorias sociais desqualificadas. “Se há espaço na grande mídia para veicular tanto interesse de empresários e políticos quanto a difusão de conteúdo que banaliza a violência e desqualifica as minorias sociais em nome da audiência, a exemplo de programas policiais, é porque existe uma concessão pública que permite tal prática”, completou, destacando o papel do jornal em pautar temas transversais, abordando questões como machismo, homofobia e visibilidade trans, temas esquecidos pela grande mídia.

A subeditora do site de notícias G1 Paraíba, Aline Oliveira, ressaltou a importância de um jornalismo que priorize a construção de políticas públicas para a juventude. “Nossa equipe trata com muita sensibilidade temas transversais, e principalmente, temos o cuidado com a violação de direitos de qualquer jovem que esteja em situação de vulnerabilidade social, seja uma vítima ou agente da violência. Não é nosso papel julgar ou denegrir a imagem, nosso compromisso é com a informação”, pontuou.

Para o subeditor do caderno de cidades do jornal Correio da Paraíba, Júlio Silva, a temática da juventude perpassa diversas instâncias sociais “As instituições precisam funcionar bem, para que a juventude tenha acesso a direitos fundamentais, como educação e saúde. Nós, comunicadores, temos a responsabilidade de construir isso por meio da informação, fazendo um jornalismo diferenciado”, finalizou.

O debate teve a mediação de Júnior Pinheiro, representante da Universidade Federal da Paraíba.