Governo Bolsonaro troca diretor-geral da Polícia Federal novamente

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Foto: Ilustração

O governo federal trocou nesta sexta-feira (25) o diretor-geral da Polícia Federal. O delegado Márcio Nunes de Oliveira assumirá o cargo no lugar de Paulo Maiurino, que estava na função desde abril do ano passado.

A mudança no comando da PF foi publicada no “Diário Oficial da União” e é assinada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.

A Polícia Federal é vinculada ao Ministério da Justiça e, segundo o ministro da pasta, Anderson Torres, Paulo Maiurino passará a comandar a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas.

“Hoje convidei o DG da @policiafederal, dr Paulo Maiurino, para assumir a relevante função de secretário da Senad no @justicagovbr. Em seu lugar, na PF, assume o dr Márcio Nunes que, como secretário-executivo do @JusticaGovBR, nos deixa um grande legado”, publicou Torres em uma rede social.

O atual chefe da Senad é Luiz Roberto Beggiora. A secretaria, que cuida de temas como a uso de bens apreendidos com criminosos em ações de combate à drogas, tem em sua estrutura a Diretoria de Gestão de Ativos (DGA) e Diretoria de Políticas Públicas e Articulação Institucional (DPPA).

Quem é o novo diretor-geral da PF

O novo diretor-geral da PF atuava até então como secretário-executivo do Ministério da Justiça, isto é, ocupava o segundo principal posto na hierarquia da pasta.

Policial federal, Márcio Nunes de Oliveira foi professor na Academia Nacional de Polícia e superintendente regional da PF no Distrito Federal de 2018 a 2021.

Entre outros cargos, Márcio Nunes de Oliveira também foi chefe do Serviço de Análise de Dados de Inteligência Policial da Divisão de Repressão a Crimes contra o Patrimônio e ao Tráfico de Armas e chefe da Divisão de Operações de Repressão a Entorpecentes da PF.

Trocas no comando da PF

Quando anunciou a saída do governo, em abril de 2020, o então ministro da Justiça, Sergio Moro, disse que o presidente Jair Bolsonaro o havia pressionado a trocar o comando da Polícia Federal.

Na ocasião, quem ocupava o posto era Maurício Valeixo, ex-superintendente da PF no Paraná. Bolsonaro exonerou Valeixo em 24 de abril de 2020 e, no mesmo dia, Moro pediu demissão do Ministério da Justiça.

O presidente nomeou para o cargo de diretor-geral da PF Alexandre Ramagem, diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ramagem é amigo da família Bolsonaro e teve a nomeação suspensa por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que na ocasião atendeu a um pedido do PDT.

O governo, então, nomeou Rolando Alexandre de Souza para a função em maio de 2020. Rolando de Souza era subordinado a Ramagem na Abin e permaneceu no cargo até abril de 2021, quando Paulo Maiurino assumiu a função, indicado pelo ministro Anderson Torres.

Do G1.