Governadores do NE saem em defesa de Dilma após rompimento de Eduardo Cunha

Reunidos em Teresina (PI) nesta sexta-feira (17), os governadores do Nordeste, Wellington Dias (PI), Flávio Dino (MA), Rui Costa (BA), Paulo Câmara (PE), Camilo Santana (CE), Ricardo Coutinho (PB), Robson Faria (RN), Renan Calheiros Filho (AL) e Belivaldo Chagas (governador em exercício de Sergipe), afirmaram que o ato do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em romper com o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) não pode gerar  uma crise que venha paralisar o País.

Para o governador da Paraíba, o rompimento de Eduardo Cunha não é nenhuma novidade, já que  há temlpo ele já vinha fazendo oposição ao governo da presidente Dilma. Ricardo Coutinho (PSB)disse Cunha já havia rompido com a petista desde que assumiu a presidência da Câmara dos Deputados.

“O rompimento não é novidade, ele estava rompido com a presidenta Dilma desde que assumiu a presidência da Câmara dos Deputados e inviabiliza todas ações do governo e do Brasil. Ele não representa tudo aquilo que ele acha que representa. Eu acho que falta sentido de bom senso e responsabilidade. E esses setores que apostam no quanto pior, melhor, acho que estão perdendo força cada vez mais”, declarou Ricardo Coutinho.

O governador de Alagoas, Renan Calheiros Filho (PMDB), disse que o rompimento de Eduardo Cunha representa apenas a decisão do presidente da Câmara dos Deputados e não uma decisão do partido. “Foi uma decisão do próprio presidente da Câmara dos Deputados e não uma decisão do PMDB. Ainda não dar para saber qual a repercussão da decisão de Eduardo Cunha no País, mas o PMDB não vai romper com a presidente Dilma”, declarou o filho do presidente do Senado.

Ao analisar o episódio, o governador do Bahia, Rui Costa (PT), foi mais irônico: “E o Eduardo Cunha era aliado da presidente Dilma?” Para o gestor baiano, a decisão do presidente da Câmara não representa o rompimento do PMDB com a presidente Dilma,  porque segundo ele, Cunha não era mais aliado do governo. “Eu não acredito que esse rompimento seja também rompimento do PMDB, quem tiver responsabilidade garante o apoio à presidenta Dilma”, disse.

O governador em exercício de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSB), disse que ainda é muito cedo para analisar se a  decisão de Eduardo Cunha tem repercussão na vida institucional do País. “Sua decisão já era esperada˜, observou. Já o governador do Rio Grande do Norte, Robson Faria (PSD), afirmou que o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), assegurou que o rompimento de Eduardo Cunha não representa o rompimento com o PMDB.

Para o governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB), o rompimento de Eduardo Cunha com o governo federal é uma questão mais do Congresso Nacional e que o importante é ter calma para garantir tranquilidade institucional no País. “É uma crise política e não pode ficar nesse modo, porque nós podemos ficar numa ação de paralisia institucional”, frisou. As informações são do Meio Norte.