Globo de Ouro promete aumentar diversidade racial após denúncias de corrupção

A Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood —a HFPA, na sigla em inglês—, responsável pelo Globo de Ouro, se pronunciou pela primeira vez sobre as cíticas da ausência de profissionais negros entre seus membros e nas indicações ao prêmio, nesta quinta (25), numa entrevista ao jornal americano Los Angeles Times.

Após uma investigação do LA Times, publicada no último domingo (21), o Globo de Ouro se tornou alvo de novas denúncias e críticas. A reportagem revelou que não há nenhum negro entre os membros da HFPA, o que endossou as críticas que a organização já vinha enfrentando desde que revelou sua lista dos indicados à 78ª edição do prêmio, que ocorrerá neste domingo (28).

Filmes como “Destacamento Blood”, de Spike Lee, “A Voz Suprema do Blues”, de George C. Wolfe, e “Judas e o Messias Negro”, de Shaka King, não apareceram na lista de indicações, o que causou revolta em muitos profissionais do setor.

“Compreendemos que precisamos trazer membros negros, assim como membros de outras origens subrepresentadas”, afirmou um porta-voz da HFPA ao jornal, nesta quinta (25). “Vamos trabalhar urgentemente para implementar um plano de ação que atinja esses objetivos o mais rápido possível.”

A HFPA, no entanto, não deu detalhes sobre seu planejamento para aumento de diversidade racial.

A reportagem do dia 21, que analisa documentos internos e relatos de membros e ex-membros da HFPA, ainda traz denúncias de que os comitês do prêmio fazem parte de um esquema de troca de favores, no qual eleitores aceitam dinheiro, viagens e presentes em troca de indicações no Globo de Ouro. Essas denúncias também são negadas pela Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood.

Da Folha de São Paulo.