O glaucoma é uma condição ocular que assusta muitas pessoas em todo o mundo. Infelizmente, o Brasil não é excepção, com quase um milhão de pessoas a sofrerem desta doença ocular degenerativa. O glaucoma afeta o nervo óptico, danificando-o devido a uma pressão anormal dentro do olho, reduzindo a visão e, se não for tratado, pode levar à cegueira. É fundamental que as pessoas fiquem conscientes do potencial risco, do diagnóstico precoce e de como tratar o glaucoma, para prevenir danos irreparáveis na visão.
Dados da OMS apontam que quase 1 milhão de brasileiros são afetados
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), quase um milhão de brasileiros têm glaucoma. É uma doença ocular em que o paciente perde a capacidade de visão, gradualmente, e não há cura. É uma doença triste e debilitante, que leva ao sofrimento dos portadores nos mais variados níveis.
Embora a doença seja comum entre pessoas acima dos 60 anos, é possível que outras faixas etárias sejam afetadas, incluindo os adultos mais jovens. O glaucoma costuma ser mais comum entre registros familiares. Além disso, algumas pessoas são geneticamente predispostas ao desenvolvimento desta doença de visão.
O Ministério da Saúde brasileiro reconhece o glaucoma como um sério problema de saúde, com uma taxa de incidência a cada ano cada vez maior. O aumento da população idosa e da diabetes também torna mais provável que cada vez mais pessoas sejam afetadas pela doença.
Com a doença, oportunidades de trabalho, possibilidades de lazer e qualidade de vida em geral são frequentemente afetadas. Dessa forma, é de grande importância que se iniciem diagnósticos precocemente, para que, assim, se possa começar a lidar com este problema, ao menor sinal de suspeita. A prevenção através de exames médicos regulares e vacinas, além de cuidados preventivos de saúde, são fundamentais para evitar o avanço da doença.
Principais causas do Glaucoma
As principais causas do glaucoma são muitas e variadas. Uma das principais é a pressão intraocular aumentada, que pode ser causada por um bloqueio nas vias de drenagem do humor aquoso, um líquido claro que lubrifica e protege o olho. Isso causa uma quantidade excessiva desse líquido, tornando a pressão dentro do olho maior do que o normal. Além disso, outras causas podem incluir o estresse ocular, o uso de certos medicamentos, doenças inflamatórias oculares, ferimentos e predisposição genética.
A má nutrição também pode ser uma causa de glaucoma. Os nutrientes necessários aos olhos, como antioxidantes, podem ajudar a manter um bom equilíbrio entre a entrada e saída de fluidos dentro do olho. Uma dieta com uma quantidade insuficiente desses nutrientes pode contribuir para o desenvolvimento de glaucoma.
A idade também é um dos principais fatores de risco que contribuem para o glaucoma. À medida que a idade avança, a frequência com que o olho combate ou impede o glaucoma diminui, o que o torna menos suscetível a essa doença. Pessoas de meia idade acima de 40 anos com pressão intraocular elevada e/ou fatores genéticos estão particularmente em risco de desenvolver glaucoma.
Uma terceira possível causa de glaucoma é a exposição excessiva aos raios ultravioleta. A longo prazo, a exposição frequente e não protegida aos raios ultravioleta pode levar ao surgimento de glaucoma. Portanto, é essencial usar óculos de sol de qualidade e proteger os olhos, especialmente se você for um aposentado ou praticante de esportes ao ar livre.
Como tratar?
O tratamento do glaucoma varia de paciente para paciente e depende do seu estado de saúde individual. O objetivo geral é reduzir a pressão intraocular, que é a causa principal desta doença. Existem várias opções para tratar o glaucoma, como terapias farmacológicas e cirúrgicas.
A terapia farmacológica é um tratamento que envolve a administração de medicamentos por via oftálmica, oral ou intravenosa, que têm como objetivo reduzir a pressão intraocular. O médico determinará qual tipo de medicamento ajudará o melhor e quando ele deve ser usado.
Uma cirurgia ocular pode ser necessária quando os medicamentos não são eficazes na redução da pressão intraocular. Existem vários procedimentos cirúrgicos disponíveis para tratar o glaucoma. Uma cirurgia comum é o implante de um dispositivo que decompõe e absorve o fluido intraocular. Esta cirurgia é geralmente bem sucedida e tem baixo risco de complicações.
Outra forma de tratamento é a terapia com laser. Esta terapia visa melhorar a circulação de fluidos nos olhos, reduzindo assim a pressão intraocular. No entanto, muitos estudos têm mostrado que este método não é tão eficaz quanto as terapias farmacológicas ou as cirurgias oculares.
Apesar de todas as opções de tratamento, o melhor caminho é sempre procurar aconselhamento médico. Um oftalmologista é o melhor profissional para orientar sobre qual tratamento é mais indicado e se há alguma outra medida a ser tomada.
Em conclusão, o glaucoma constitui um desafio significativo para o sistema de saúde brasileiro. É crucial para o bem-estar dos cidadãos que as pessoas afetadas tenham acesso a tratamentos adequados. A ênfase deve ser colocada na prevenção – identificando e diagnosticando rapidamente. Com um diagnóstico rápido, é possível devolver a qualidade de vida para quem sofre com a doença.