“A gestão se distanciou dos bairros da cidade”, critica Azevêdo sobre João Pessoa

O secretário de Infraestrutura, Recursos Hídricos, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia e pré-candidato do PSB a prefeito de João Pessoa, João Azevêdo, relatou que o objetivo das plenárias, que vem sendo feitas nos bairros da Capital, é para identificar os problemas da cidade, e através disso montar seu plano de campanha eleitoral.

“O partido já definiu que eu sou o pré-candidato, e nessa condição que me encontro hoje, nós temos feito um trabalho de organização do próprio partido e que nós realizamos plenárias na cidade colhendo informações a respeito da leitura que a população vem fazendo desse momento administrativo, pelo qual João Pessoa passa. Com base nessas informações é que nós voltaremos agora em fevereiro para esses mesmos bairros, onde nós fizemos as plenárias, apresentando uma proposta e um plano de governo que será implantado, se Deus quiser, em primeiro de janeiro de 2017. Então essa é a lógica, nós temos que ouvir. Estamos sentando com os sindicatos. Estamos ouvindo cada segmento da sociedade organizada dessa cidade para entender o momento, qual os seus anseios e quais são os seus pleitos. Nós temos conhecimento, devido a experiência que temos, dos grandes problemas. Nós temos identificação, entretanto, que é importante verificar que a população muitas vezes precisa de uma atenção que é mínima e que o poder público esquece”, salientou.

De acordo com João, voltar a ouvir  e  recuperar o relacionamento mais próximo com a população, como era na gestão de Ricardo Coutinho (PSB), quando era prefeito de João Pessoa, será um dos seus principais objetivos, caso seja eleito.

“Nós temos que fazer voltar  para João Pessoa a relação que o poder público tinha com a população, como por exemplo,  o Orçamento Democrático, que é um instrumento que hoje todas as pessoas e lugares por onde a gente passa sente falta, pois era um processo que o então prefeito da cidade, Ricardo Coutinho, sentava com todos os secretários e ouvia a população e dizia o que era possível e o que não era possível, olhando no olho. Mas acima de tudo, o que era mais importante era o retorno do ano seguinte que se fazia uma prestação de contas daquilo que foi feito, e é isso que não acontece mais nessa cidade. É importante entender com a população o que acontece hoje, o orçamento participativo é feito pela internet. A gestão se distanciou dos bairros da cidade”, afirmou.

Com um discurso cheio de críticas à administração do atual prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD), João afirmou que as obras anunciadas pela prefeitura são repetidas e que a gestão diminuiu a cidade.

“Nós estamos vivendo uma  gestão hoje que diminuiu João Pessoa, se concentrou em quatro, cinco obras e está na mídia mostrando as obras e repetindo as coisas. Fazer inauguração de manutenção e conservação, isso não se passa pela cabeça de nenhum gestor numa cidade do tamanho de João Pessoa, que tem problemas seríssimos, não só na área de saúde e educação, que precisa melhorar, mas também tem problemas de mobilidade que precisam ser enfrentados e ninguém toma providência. É o cuidado que precisa ser tido com a limpeza, é a iluminação pública”, reprovou.

João Azevedo ainda fez um comparativo com os números de obras da gestão de Cartaxo e da gestão de Ricardo, quando era prefeito da capital, e de acordo com ele, Ricardo realizou mais obras necessárias para melhoria da cidade.

“É um cidade que tem mais de 2 mil ruas sem calçamento e não tem  programa de pavimentação. Nós pavimentamos na nossa época mais de 500 ruas, construímos 20 PSFs, fizemos reformas do hospital do Valentina, do Santa Isabel, da Cândida Vargas, da UPA do Bessa . Nós construímos 11 escolas novas, nessa gestão nenhuma, tem quatro em obras e quatro em obras paralisadas, nenhuma foram construídas. Foram mais de 20 ginásios construído, ampliações de creches. Nós tínhamos um programa de inclusão digital em que se implantava um laboratório de informática com 20, 30 computadores dentro, hoje não se sabe mais quantos tem aberto. O que a cidade quer é o retorno dos seus impostos,e saber o motivo de antes se investir tanto com recursos próprios  e hoje não se tem mais recursos próprios para investir“, avaliou.