Gestão de Pedrito gasta quase R$ 10 mi com combustível e ultrapassa até CG

Se comparado com outros municípios paraibanos com maior número de habitantes e com maiores demandas, o gasto se mostra exorbitante

Nos últimos cinco anos, Cruz do Espírito Santo, cidade que integra a Região Metropolitana de João Pessoa, gastou R$ 9,6 milhões com combustíveis, de acordo com dados do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB). Parece até um valor razoável para uma localidade com 17.461 habitantes, mas se comparado com outros municípios paraibanos com maior populosas e com maiores demandas, o gasto se mostra exorbitante. A cidade era gerida entre 2016 a 2020 pelo prefeito Pedro Gomes Pereira, mais conhecido como Pedrito (PSD).

O ano que menos se gastou foi 2020, por causa da pandemia do novo coronavírus. Cruz do Espírito Santo gastou R$ 670.570 mil com combustíveis, 389.54% a mais que Bayeux, município da mesma região, com 97.203 mil habitantes, em que a despesa foi de R$ 172.140 mil. Gastou 155.74% a mais do que Conde (R$ 430.550 mil), cidade com 24.670 mil habitantes. Usamos como parâmetro comparativo a população por pressupor maior quantidade de demandas.

2016 foi o ano que mais aquele município gastou com erário público com combustíveis, sendo R$ 2.540 milhões. É neste momento que Pedrito conseguiu gastar 25,7% a mais do que a gestão de Romero Rodrigues em Campina Grande. Na Rainha da Borborema, com mais de 400 mil habitantes, foram gastos R$ 2.020 milhões.

Em 2017, Cruz do Espírito Santo gastou R$ 1.75 milhão com combustíveis. Este valor consegue ser 10,75% maior do que Guarabira (R$ 1.580 milhão), cidade localizada no Brejo paraibano, com 59.115 mil habitantes, três vezes mais populosa.

No ano seguinte, Pedrito aumentou em quase 15% o valor dos pagamentos com combustíveis, desta vez foram R$ 2.011 milhões. Este valor é maior que Pombal (R$ 1.911 milhão), que tem o dobro da população e território quatro vezes maior, totalizando 888,811 km².

Já em 2019, foram R$ 1.660 milhão gastos com esse tipo de despesa, superando Sapé, que pagou R$ 1.5 milhão.

Confira: