Galdino põe em xeque ocupação na ALPB: “até parece que não há em crise”

O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) Adriano Galdino (PSB), durante coletiva de imprensa, afirmou que não vai permitir que a ocupação do plenário da Casa de Epitácio Pessoa atrapalhe as atividades parlamentares. A ocupação é organizada por servidores públicos insatisfeitos com o Governo do Estado.

Para ele, foi frustração não ter dado prosseguimento nos trabalhos da ALPB nesta terça-feira (01).

“Vou dialogar com eles. De certa forma eu fiquei um tanto frustrado, a gente abre a Casa para fazer uma audiência pública para ouvi-los e infelizmente eles se acham no direito de interromper o trabalho da Casa. Eu acho isso um absurdo, até porque eu acho que se eles queriam fazer algum protesto, o endereço deveria ser outro e não aqui. Mas entendemos que aqui é a casa do povo e as pessoas sempre procuram a Assembleia para fazer o seu protesto, o seu desabafo, mas a gente não pode permitir que esse protestos possam paralisar os trabalhos da Casa. É preciso que haja bom senso e inteligência, eles podem fazer o seu protesto, mas também nós queremos trabalhar e cumprir com a nossa obrigação e eu espero que possamos conciliar as duas coisas”, desabafou.

E afirmou que mesmo com a ocupação dos servidores nos interiores da ALPB não fará com que ele adiante a pauta preterida, muito menos seu posicionamento.

“Eu só vou me posicionar na hora da votação, mas estou discutindo também com a Casa, já recebi o sindicato quinta-feira passada que tem também uma demanda nesse sentido, quer reajuste, vale refeição, plano de cargo e carreira  outras reivindicações e até parece que a gente não está em crise. Eles estão com força e vontade de reivindicar. Nós estamos dialogando, já tivemos a primeira conversa, vou criar uma comissão para acompanhar e discutir com o sindicato e vamos tentar chegar a um consenso”, declarou.

E continuou. “O protesto deles é legítimo e válido. O que não pode é querer prejudicar o trabalho da Casa achando que a luta deles é superior ao trabalho de um poder. Cada um se coloque no seu devido lugar e respeite as instituições e os poderes. Nós não podemos permitir que um protesto paralise uma Casa, vou dialogar com eles e espero que o bom senso prevaleça e que eles desocupem. Caso isso não aconteça, nós iremos tomar outras medidas no sentido de garantir aos senhores deputados e aos funcionários o direito de trabalhar. Não podemos ficar aqui parados a mercê de 12 funcionários públicos estaduais que ocuparam  indevidamente a Casa e se acham  no direito de permanecer no plenário”, sentenciou Galdino.