O pintor Edmilson Alves de Oliveira, de 55 anos, foi morto pelos pit bulls da família no setor Barra Vento, em Goiânia. Segundo a família, os cães começaram a mordê-lo quando ele foi fechar o portão da casa e não soltaram mesmo com as tentativas do enteado e da esposa em afastá-lo dos animais.

A dona de casa Terezinha Maria de Oliveira, 66 anos, mulher de Edmilson, contou que ouviu o marido pedir por socorro no quintal da casa e correu para ajudá-lo. Mesmo desesperada, ela conta que não conseguiu.

“Os cachorros grudaram nele e iam ‘estilingando’ para tudo quanto era banda. Eu querendo acudir, ele estatelava os olhos em mim e pedia: ‘Me acode, Preta! Me acode!’. Eu não dava conta”, contou, desolada.

Já o músico Danilo Martins de Oliveira, que é filho de Terezinha e enteado de Edmilson, contou que mora na casa ao lado e, ao ouvir os gritos de socorro da mãe pulou o muro para ver o que estava acontecendo. Ele disse que tentou separar os pit bulls do homem, mas não conseguiu.

“Quando eu pulei o muro e cheguei aqui, vi minha mãe com um dos picolés de concreto e a única coisa que veio na minha mente foi ajudar ela. Peguei um desses concretos e fui tentar separar o meu padrasto dos cachorros. (Eles não largavam). Eles mordiam fixamente e não soltavam de maneira nenhuma, mesmo batendo neles”, contou.

A família disse ainda que chamou o Corpo de Bombeiros, que socorreu Edmilson, mas que ele não resistiu e morreu antes de chegar a uma unidade de saúde.

Os próprios parentes mostraram vídeos do casal sendo completamente dócil com o dono, mas disseram que eles estavam um pouco mais agressivos nos últimos meses. Eles lembraram que, há cerca de 30 dias, a dupla matou um terceiro cachorro que e família tinha.

Por causa do incidente, os pit bulls, Lessie, de 10 anos, e Spike, 4, foram levados ao Centro de Zoonoses, onde serão observados por 90 dias para avaliar o comportamento, como explica o veterinário Bruno Sérgio Silva.

“É feito um acompanhamento veterinário, uma avaliação técnica, porém, devido à agressividade que eles estão demonstrando, dificilmente vão se socializar e poder ser doados. Após esses 90 dias eles podem, inclusive, ir para Eutanásia”, explicou.