Teve início nesta quarta-feira (1) o processo de alistamento militar voluntário feminino, marcando uma iniciativa pioneira das Forças Armadas para ampliar a participação das mulheres no efetivo militar.
Com 1.465 vagas disponíveis, o período de alistamento segue até 30 de junho e é destinado às mulheres que completam 18 anos de idade em 2025. O processo é dividido em etapas e inclui alistamento online ou presencial, seleção e incorporação.
Na primeira fase, as interessadas podem realizar o alistamento em uma Junta de Serviço Militar ou pelo portal online. As candidatas terão a opção de escolher a Força Armadas — Exército, Marinha ou Aeronáutica — considerando a disponibilidade de vagas, suas aptidões e as exigências específicas de cada instituição.
A abrangência do programa inclui 28 cidades nos estados brasileiros, como Águas Lindas de Goiás (GO), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Recife (PE), Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ), e São Paulo (SP), entre outros. Estas localidades fazem parte do Plano Geral de Convocação, garantindo maior acesso ao programa.
As candidatas serão submetidas a testes físicos e inspeções de saúde, que incluem exames clínicos e laboratoriais. A ausência em qualquer etapa de seleção será considerada como desistência. As aprovadas serão incorporadas no primeiro ou segundo semestre de 2026, assumindo graduação de soldado ou marinheiro-recruta, dependendo da Força escolhida.
A incorporação ocorrerá entre 2 e 6 de março ou entre 3 e 7 de agosto de 2026. Apesar de ser voluntário até esta fase, a partir da incorporação, o serviço militar feminino passa a ser obrigatório, com duração de 12 meses, podendo ser prorrogado por até oito anos. Após o desligamento, as participantes passam à reserva não remunerada.
Os procedimentos relacionados ao alistamento, recrutamento e incorporação estão definidos no Decreto nº 12.154, de 27 de agosto de 2024. Para os homens, o alistamento permanece obrigatório ao completarem 18 anos.
Atualmente, as Forças Armadas contam com 37 mil mulheres, representando cerca de 10% do efetivo total. A maioria delas atua nas áreas de saúde, ensino e logística. A entrada na área combatente, em geral, ocorre por meio de concursos específicos para instituições como o Colégio Naval, a Escola Preparatória de Cadetes do Exército e a Escola Preparatória de Cadetes do Ar.