Em matéria publicada nesta sexta-feira (28), a Folha de São Paulo apontou que, na Paraíba, há uma motivação política-eleitoral para que parte dos policiais militares continuem a protestar contra o Governo do Estado e as propostas apresentadas pelo governador João Azevêdo (Cidadania).
Conforme o texto, o chefe do Executivo estadual é um dos que tem sinalizado uma aproximação com as forças de segurança em meio à proximidade das eleições para se contrapor a Bolsonaro.
“Na Paraíba, a relação entre o governo e a PM passa por momentos de tensão em meio à negociação do reajuste salarial dos policiais. O clube dos oficiais aprovou, mas ainda não há unanimidade na tropa sobre as contrapropostas para os salários em 2022 feitas pelo governo de João Azevêdo (Cidadania), que vai buscar a reeleição”, destaca trecho.
A Folha citou o deputado estadual Cabo Gilberto (PSL), apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), como um dos que insuflaram os protestos e destaca que ele pode disputar o Governo do Estado neste ano.
No Estado, as polícias Penal e Civil, além do Corpo de Bombeiros, aceitaram antecipadamente os reajustes propostos por João Azevêdo. A Polícia Militar seguiu o entendimento no último dia 14, mas as manifestações continuam.
Em entrevista nesta semana, o comandante da Polícia Militar da Paraíba, coronel Euller Chaves afirmou que as Forças de Segurança do Estado “irão para cima” visando coibir ataques como os ocorridos no final de semana.