Fest Aruanda 2020 tem início nesta quinta-feira, em João Pessoa

Curta “Aruanda”, de Linduarte Noronha abre o evento. Filme conta a história da formação e sobrevivência de uma comunidade de escravos libertos do Sertão

Nesta quinta-feira (10), acontece a abertura da 15ª edição do Fest Aruanda, maior festival de cinema da Paraíba. O evento presencial será às 19h na sala 9 – Macro XE, no Cinépolis, no Manaíra Shopping. Durante a solenidade, haverá homenagens póstumas ao historiador e escritor Wills Leal, e ao cineasta Linduarte Noronha. Além disso, serão homenageados também o diretor de fotografia João Carlos Beltrão, e José Maria Lopes, da TV Cultura/SP.

Para a abertura do evento, um dos filmes escolhidos foi o curta “Aruanda”, de Linduarte Noronha. Gravado na Paraíba, o filme conta a história da formação e sobrevivência de uma comunidade de escravos libertos do sertão da Estado. Outro destaque no primeiro dia de evento será o longa “Os Quatro Paralamas”, de Roberto Berliner, que relembra a trajetória do quarteto ao longo das décadas.

Corpo de jurados

Este ano, o evento conta com a participação de três júris oficiais, divididos em três categorias – Mostra Competitiva Nacional de Longas e Curtas-metragens, Longas e curtas-metragens da mostra “Sob O Céu Nordestino”, e o júri Abraccine (Associação de Brasileira de Críticos de Cinema), que realiza duas premiações para longa e curta-metragem.

O time de jurados que estarão avaliando os longas e curtas-metragens produzidos em âmbito nacional tem como presidente a premiada cineasta Helena Solberg, diretora do filme “A Entrevista”, considerado o primeiro filme feminista brasileiro. A cineasta e mestranda em Psicanálise, Susanna Lira, homenageada em festivais de cinema independente na América Latina, e Caco Ciocler, ator e cineasta que participou de diversos filmes e novelas globais, também fazem parte do júri. Entre as categorias que serão julgadas, estão melhor roteiro, melhor direção de fotografia, melhor ator e atriz, figurino, trilha sonora, entre outras.

No júri longas e curtas-metragens da mostra “Sob O Céu Nordestino”, faz parte o ator de cinema, teatro e televisão Flávio Bauraqui, que já deu vida a nomes reconhecidos nacionalmente como Pelé, Jair Rodrigues, Ismael Silva e Cartola – e será presidente do júri. A atriz de teatro, roteirista, diretora e produtora de audiovisual Danny Barbosa, formada em Letras pela UFPB e única mulher transexual a lecionar na rede municipal de João Pessoa, e Caio Sóh, cineasta, fundador do movimento de cinema bruto, compositor e dramaturgo premiado, também fazem parte do time. Entre as categorias da mostra, estão melhor ator ou personagem, melhor atriz ou personagem, melhor montagem, fotografia, direção, som, entre outras.

No júri Abraccine, em que serão julgados o melhor longa e o melhor curta do festival, está Marcelo Milicci, professor e crítico de cinema há vinte anos, e fundador do site “Boca do Inferno”, uma das principais referências do gênero fantástico no Brasil. Bertrand Lira, documentarista, professor e autor, leciona no Departamento de Comunicação em Mídias Digitais da UFPB, e Suzana Uchôa Itiberê, jornalista, crítica de cinema, iniciou sua carreira no jornal O Estado de S. Paulo e é fundadora do portal OQVER Cinema & Streaming também estarão avaliando o melhor longa e o melhor curta, sem separação de categorias.