A Polícia Civil confirmou, nesta terça-feira (12), que pediatra Fernando Cunha Lima, foi indiciado em um segundo inquérito por estupro de vulnerável, desta vez envolvendo duas crianças, um menino e uma menina.
Além dos menores, duas sobrinhas do médico também prestaram depoimento como declarantes, mas os crimes cometidos contra elas estão prescritos.
O inquérito foi conduzido pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Infância e a Juventude e já foi encaminhado à Justiça. A delegada Andrea Lima, responsável pelo caso, afirmou que, no primeiro inquérito, outras duas sobrinhas também foram ouvidas nas mesmas condições. As investigações indicam que os abusos ocorreram nos consultórios onde o pediatra atuava.
Em uma coletiva de imprensa realizada no dia 14 de agosto, a Polícia Civil já havia confirmado o indiciamento de Fernando Cunha Lima por estupro de vulnerável no primeiro inquérito, o que resultou em denúncia do Ministério Público da Paraíba (MPPB).
O órgão solicitou a condenação do médico por quatro crimes de abuso sexual contra três crianças, uma delas abusada duas vezes. A pena pode alcançar até 60 anos de prisão, além do pedido de prisão preventiva do acusado.
O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) instaurou uma sindicância e suspendeu temporariamente o registro profissional de Fernando Cunha Lima. O pediatra também foi afastado de suas funções diretivas na Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), onde exercia cargo de liderança.