
O delegado-geral da Polícia Civil da Paraíba, André Rabelo, afirmou, durante entrevista coletiva nesta sexta-feira (7), que Fernando Cunha Lima debochava da polícia e da Justiça da Paraíba durante o período que passou foragido.
André Rabelo revelou que o pediatra pedia para pessoas próximas de estados diferentes realizarem compras com o seu CPF para despistar a polícia. A estratégia utilizada pelo médico dava pistas à polícia de que ele estava em diversas regiões, o que dificultava as investigações para localizá-lo.
O delegado pontuou ainda que Fernando Cunha Lima possuía uma rede de apoio e um poderio econômico para se manter foragido. “Colocar a polícia pra andar, passando o CPF pra A ou pra B, pra efetivar compras em alguns lugares pra justamente dar a ideia que não está naquela localidade. Então há por trás uma instrução, olha o que eu tô dizendo, a gravidade. Além do cometimento, há uma instrução de como burlar e há um poderio econômico”, afirmou.
Ao chegar na Cidade de Polícia, em João Pessoa, o pediatra disse que ficaria preso apenas por dois, pois possui problemas de saúde. O delegado avaliou que o médico debochou da polícia e da Justiça paraibana mais uma vez, mesmo após ter sido preso.
“Só que o que chama a atenção é um alvo já com a idade avançada, instruído, né? E essa forma na chegada, de debochar do Estado, de debochar da justiça. E colocando a gente aqui, eu posso estar nos autos, isso vai agora no final da investigação do inquérito, do relatório da operação”, concluiu.
Fernando Cunha Lima foi preso em um flat, na cidade de Paulista, no Grande Recife (PE), no início da tarde desta sexta-feira. O médico estava foragido há aproximadamente quatro meses.
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