Famílias de Sem Tetos ocupam há 15 dias terreno da Prefeitura de Cabedelo, no Recanto do Poço

Uma área pública destinada à  instalação de uma praça foi invadida há 15 dias por cerca de 30 famílias de sem teto no loteamento Cidade Recreio, no Recanto do Poço, em Cabedelo. O terreno fica próximo a linha férrea da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), que faz a ligação entre João Pessoa e Cabedelo. No local foram construídos barracos improvisados para demarcar a ocupação. Algumas famílias já estão morando no local.

Os moradores da área e outros proprietários de terrenos próximos a invasão estão preocupados com a demora das autoridades em solucionar o problema. Nos últimos 15 dias vários proprietários de terrenos ergueram muros para demarcar suas propriedades e outro problema surgiu: as ruas ficaram obstruídas. Como o loteamento não possui qualquer infraestrutura, as ruas estão cobertas de vegetação e entulhos, o que impossibilita a tráfego de veículos pelo local.

Um dos moradores do local há mais de cinco anos, que não quis se identificar por temer represálias dos invasores, disse que está aguardando uma ação da Prefeitura de Cabedelo e do Ministério Público para retirar os invasores. O Setor de Fiscalização da Secretaria de Planejamento de Cabedelo informou que não há previsão para a retirada das famílias. Segundo informações, a prefeitura aguarda um posicionamento da Justiça sobre uma Ação de Despejo.

Outra moradora, que também não quis ter o nome revelado, disse que as famílias de sem teto estão bem articuladas, possuem carros, motocicletas e recursos para montar os barracos. Desde a tarde de sábado (14), os invasores mostram-se despreocupados com as intervenções da prefeitura de Cabedelo.

“Até hoje, quinta-feira, não vi nenhum funcionário da prefeitura passar aqui. Nem mesmo o pessoal da Guarda Municipal, que tem a sede bem próxima da área invadida, do outro lado da BR. Os invasores mostram-se tranquilos, enquanto nós que pagamos IPTU, conta de água e luz não vemos qualquer iniciativa do Poder Público para retornar a situação anterior, que era de tranquilidade. Não sabemos quem são essas pessoas”, declarou a moradora.

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