Facebook encontra extensões para Chrome que roubam dados de usuários

Ferramentas são chamadas de UpVoice e Ads Feed Chrome, mas ambas já não estão no ar na loja oficial do navegador

O Facebook abriu um processo contra duas extensões para Google Chrome que faz várias promessas no funcionamento, mas ao mesmo tempo coleta dados de navegação e identificação de usuários nas mais variadas plataformas de redes sociais.

As ferramentas são chamadas de UpVoice e Ads Feed Chrome, mas ambas já não estão no ar na loja oficial do navegador. Porém, elas acumularam mais de 15 mil downloads antes da remoção e ainda podem ser usadas por quem fez a instalação. Se você tem uma delas no seu computador, faça a desinstalação imediatamente.

O funcionamento de ambas as extensões era mirabolante. O UpVoice oferecia cartões virtuais de presente aos usuários que conectavam contas de redes sociais e respondiam enquetes e questionários. “Como um panelista qualificado do UpVoice, você impacta as decisões de marketing e estratégias de marca de corporações multibilionárias que competem pela sua atenção online. Isso significa que você tem uma influência direta nas campanhas de anúncios de grandes marcas”, dizia a descrição do aplicativo. O Ads Feed também operava de forma similar.

Época de colheita

O problema? Essa tal “influência” era conquistada na medida em que o serviço coletava dados de navegação do usuário “públicos e não-públicos” em sites como Facebook, YouTube, Amazon, Twitter, Pinterest, Instagram e muitos outros — tudo sem pedir a devida autorização. As informações eram então enviadas para um servidor remoto, de origem desconhecida e sem qualquer transparência a respeito do destino dos dados.

Segundo o Facebook, os dados obtidos ilegalmente poderiam ser usados para campanhas personalizadas de anúncios e outras ações de mercado. Vale lembrar que algo parecido rendeu muita dor de cabeça à empresa no passado recente: o escândalo envolvendo a Cambridge Analytica e a utilização de dados pessoais em campanhas eleitorais.

A gigante até mesmo afirma que ambos são parte de um mesmo esquema, apesar de estarem registrados em empresas situadas em países diferentes. O processo pede o fim da disponibilização das extensões, o bloqueio de acesso aos dados das plataformas da empresa e uma indenização por eventuais lucros obtidos por causa das práticas ilegais.

Do Tecmundo.