Facebook e YouTube negam interferência em live de Bolsonaro

Queda aconteceu quando o chefe do Executivo voltou a defender o uso de medicamentos sem eficácia comprovada no tratamento da covid-19

Na última quinta-feira (16), o presidente Jair Bolsonaro realizava a live semanal do governo, quando a transmissão saiu do ar repentinamente tanto no Facebook quanto no YouTube. A queda aconteceu quando o chefe do Executivo voltou a defender o uso de medicamentos sem eficácia comprovada no tratamento da covid-19.

Após o caso, diversos internautas que acompanhavam a transmissão acusaram as redes de “censurar” a fala do presidente. No entanto, após a queda, o vídeo continuou disponível nas plataformas, o que não acontece em conteúdos banidos pelas redes sociais. Isso porque, quando uma produção fere as regras dos sites, as duas redes tendem a remover totalmente o material. Além disso, é incomum que um vídeo seja interrompido no mesmo momento em duas plataformas diferentes, de maneira simultânea.

Em comunicado enviado ao jornalista Thássius Veloso, o YouTube afirmou que não interrompeu a live de Bolsonaro. O Facebook, em nota enviada à imprensa, também disse que não tem culpa no caso. “O Facebook não interrompeu a live do Presidente Jair Bolsonaro”, disse a rede social.

No Twitter, alguns internautas questionaram o ocorrido, afirmando que a equipe do presidente pode ter parado a live propositalmente com o objetivo de acusar as redes de censura. A ação seria uma resposta à negativa do Congresso Nacional em relação a MP das fake news, proposta por Bolsonaro. A medida dificultava a remoção de conteúdo com informações falsas das redes sociais.

Até o momento, a equipe do presidente não comentou oficialmente sobre o caso e os vídeos da live seguem disponíveis na plataforma. Na manhã desta sexta (19), Jair Bolsonaro realizou publicações no Twitter, mas que não possuem explicações sobre o caso.