Exposição Floresta Branca apresenta trabalho de artistas nordestinos, em JP

A arte é uma trilha fundamental para conexão entre as pessoas, entre o moderno e o tradicional, entre o conceitual e o concreto. E neste verão, uma exposição em João Pessoa (PB) vai apresentar o trabalho de artistas plásticos nordestinos de renome nacional, e ainda uma ampla programação de palestras, oficinas, talks, mostras de artistas e artesãos, além de atividades para pessoas de todas as idades. Tudo isso aberto ao público paraibano e para quem estiver visitando a capital do estado entre dezembro de 2022 e fevereiro de 2023.

A partir do dia 16 de dezembro estará aberta ao público a exposição “Floresta Branca”, que vai trazer em destaque o trabalho de três grandes nomes das artes plásticas nacionais: Sergio Helle (Ceará), Sérgio Azol (Rio Grande do Norte) e Marlene Almeida (Paraíba). Cada um dos artistas estará com obras expostas no casarão da Av. Cabo Branco, n° 1630, durante um período exclusivo, celebrando histórias e sensibilidade, com simbologia e inspirações do Nordeste.

Logo na entrada da exposição, os visitantes são levados a uma imersão no conceito da Floresta Branca, tradução da palavra tupi “Caatinga”, o único bioma exclusivamente brasileiro.

O jardim de entrada traz três pórticos em taipa de pilão, um espelho d’água com fundo negro para refletir toda luminosidade do espaço (especialmente durante à noite), além de elementos em tons terrosos, como os tijolos vazados em cerâmica – uma referência aos cobogós, que permitem a entrada de luz e ventilação natural, recurso muito utilizado nas construções do Nordeste. E a tecnologia também se faz presente na instalação. Durante o período da exposição, haverá a projeção mapeada em um ambiente customizado, trazendo imagens da terra, da fauna, da flora, referências culturais, além dos sons da natureza, permitindo uma experiência sensorial imersiva.

Essa instalação artística foi criada pela paisagista Michelle Peyroton, que, inspirada na Caatinga, chama atenção sobre práticas sustentáveis. “Essa é uma reflexão sobre temas fundamentais para o futuro: processos construtivos inteligentes, valorização social, cultura, história, bioarquitetura, bioconstrução, entre outros”, explica Peyroton.

Mas por que a taipa de pilão na Exposição Floresta Branca?

A taipa de pilão é um método tradicional de construção utilizado há mais de 4 mil anos, que foi trazido pelos portugueses no período colonial e usado por aqui na edificação das primeiras construções brasileiras. A técnica utiliza a terra tirada do próprio local como matéria-prima, e por isso possui uma identidade única. Aliando sustentabilidade, economia e beleza, a taipa de pilão é hoje utilizada em projetos modernos e inteligentes no mercado construtivo de alto padrão em todo o mundo.

Local da Exposição

Projetada em uma casa emblemática da década de 1960, a exposição Floresta Branca está localizada em um dos endereços mais disputados do litoral de João Pessoa, na orla da praia do Cabo Branco, n° 1630.

Com uma área total de mais de cerca de 500 m2, o espaço vai trazer para os visitantes 9 ambientes de exposição e 4 ambientes de serviço, como áreas de living e cafeteria, criados pela HA Arquitetura e Criare Móveis. Além do Jardim de Acesso, assinado pela paisagista Michelle Peyroton, os visitantes irão conhecer os Jardins Laterais e Central, que têm assinatura da arquiteta e designer Bia Campelo.

Dentro da área de exposição, as obras dos artistas estarão em destaque no salão principal, totalmente modificado para criar fluidez no movimento dos visitantes. A casa também tem espaços para oficinas, palestras, cursos e atividades para todas as idades, especialmente as crianças.

A exposição Floresta Branca tem curadoria de Cesar Revorêdo, jornalista e artista plástico com obras apresentadas em exposições no Brasil, Alemanha, Portugal, Espanha, Estados Unidos e outros países.

Artistas em destaque na Exposição Floresta Branca

A abertura da exposição Floresta Branca terá obras do artista plástico Sérgio Helle, que desenvolve um trabalho que mescla novas ferramentas digitais com tradicionais técnicas de desenho e pintura. Com 34 anos de carreira, expôs em várias cidades do Brasil, Portugal e Itália. “O diálogo entre a pintura e novas tecnologias são como um encontro de épocas distintas, reinventadas e mescladas entre pigmentos e pixels. O resultado final são infogravuras em telas, geralmente de grandes formatos e pinturas em técnica mista previamente estruturadas no computador”, declara. O trabalho estará em exposição no mês de dezembro e início de janeiro.

Artista visual formado em Cinema e Artes Gráficas nos Estados Unidos, Sérgio Azol dirigiu curta-metragens e produziu programas para as TVs Manchete, Bandeirantes e Globo. Trabalha em caráter multidisciplinar com o intuito de criar um diálogo com outras formas de expressão artística para fomentar um pensamento poético e sensível às diversas questões que movem o espírito e o fazer artístico. Produz trabalhos em pintura, escultura, colagem, mural, vídeo-arte e fotografia. Azol estará com suas obras na exposição Floresta Branca no mês de janeiro.

A pintora e restauradora Marlene Almeida dedica-se à pesquisa de materiais artísticos, mais especificamente sobre a manufatura de tintas à base de pigmentos e resinas naturais, preocupada em encontrar formas de fazer sua arte sem agredir o meio ambiente. Ela percorre as vastas regiões do Nordeste recolhendo areias, produzindo os seus pigmentos e descobrindo cores de inacreditável pureza. Seu trabalho inovador foi amplamente reconhecido no Brasil e também internacionalmente. Ela estará com suas obras expostas no mês de fevereiro.

Quem faz a Exposição Floresta Branca

A exposição Floresta Branca é uma iniciativa da Bauten, A4M e Trinus.co, parceiros que desenvolvem projetos, experiências e soluções, com o objetivo de melhor atender à crescente demanda do mercado de desenvolvimento imobiliário.

Trazendo para o centro da atuação pilares ambientais, sociais e organizacionais, as empresas desenvolveram a linha de produtos Floresta Branca, empreendimentos com diferenciais sustentáveis, com identificação de oportunidades estratégicas e projetos com qualidade superior, que agregam valor e qualificam todo o entorno.

A exposição Floresta Branca tem o apoio de CASACOR Paraíba, Coral, Criare, Emlur, Maped, Metro Ladrilhos Hidráulicos, Mundo das Tintas, Palitot Outdoor Living (Grupo Vime) e São Braz.

Mais informações sobre a programação podem ser obtidas através do site.