O ex-secretário de Saúde de Lucena, Antônio Paulo, a subsecretária de Saúde e a mãe de uma criança que foi vacinada com dose equivocada contra a Covid-19 serão ouvidos nesta quarta-feira (19) pelo Ministério Público Federal na Paraíba (MPF-PB).
O gestor do município, Leo Bandeira afirmou em depoimento que o planejamento da vacinação no município era feito por Antônio Paulo, que também recebia os dados referentes à campanha de imunização. Ele foi exonerado do cargo na última segunda-feira (17).
Na segunda-feira (17), foram ouvidos pela procuradora Janaína Andrade e pela promotora Fabiana Lobo o prefeito de Lucena, Leo Bandeira, a diretora de Imunização de Lucena, Karine Rocha Bezerra Carvalho, e a enfermeira Maria da Penha Barbosa de Souza, que trabalhou na UBS-5 (Estiva do Geraldo).
Antes deles, já tinham sido ouvidos a técnica de enfermagem que aplicou a vacina de adultos em crianças, a agente comunitária de saúde que fazia a anotação das informações sobre os vacinados e uma mãe.
De acordo com dados colhidos, foram vacinadas 49 crianças, das quais 13 com imunizante dentro do prazo de validade e 36 com imunizantes vencidos. Ficou definido que haverá um acompanhamento médico de cada criança durante 30 dias.
As Secretarias de Saúde do município e do Estado informaram que cerca de 1.400 vacinas serão descartadas por terem sido identificadas como fora do prazo de validade, em razão do acondicionamento sob refrigeração.
Além disso, MPF e o Ministério Público da Paraíba (MPPB) também tomaram conhecimento que cerca de 200 pessoas, entre jovens e adultos, tomaram a vacina fora do prazo de conservação de 30 dias que o imunizante da Pfizer requer em ambiente refrigerado, entre 2 e 8 graus Celcius, conforme normas dos órgãos sanitários.