Ex-secretário da PMJP transfere para Seinfra irregularidades na obra da Lagoa

O ex-secretário de Planejamento de João Pessoa na gestão do prefeito Luciano Cartaxo, Rômulo Polari, prestou depoimento na tarde desta segunda-feira (15), na sede do Ministério Público Federal (MPF), para prestar esclarecimentos sobre o possível desvio de recursos na obra de revitalização do Parque Solon de Lucena (Lagoa). De acordo com o relatório da Controladoria Geral da União (CGU), estima-se que foram desviados, aproximadamente, R$ 10 milhões na etapa de desassoreamento e construção do túnel da Lagoa. O depoimento foi dado ao procurador da República Yordan Delgado, responsável pelo inquérito civil que investiga o caso.

No segundo semestre do ano passado, a Prefeitura de João Pessoa (PMJP) instalou várias placas no entorno da obra informando que foram retiradas 200 mil toneladas de lixo da Lagoa. Como foram retiradas, em que foram transportadas e para onde foram depositadas as tais toneladas são detalhes que ainda não foram esclarecidos com clareza pela PMJP.

Paraíba Já conseguiu com exclusividade o depoimento do ex-secretário Rômulo Polari. Na oitiva, ele esclareceu que a execução da obra foi inteiramente de responsabilidade da Secretaria de Infraestrutura de João Pessoa (Seinfra), pasta em que Cássio Andrade é titular.

Polari foi evasivo. Explicou que a técnica que deveria ser utilizada na obra deveria ser igual a utilizada pela Seinfra do Ceará em uma obra similar e que não se recordava que era manual ou automatizada. De acordo com o projeto executado e que foi declarado à CGU pela PMJP, a técnica utilizaria balsas flutuantes e método não destrutivo, logo seria automatizado. No relatório da CGU, há registros de equipamentos manuais, como carrinhos de mão, foram utilizados nas obras do túnel.

Ainda que Polari tenha permanecido à frente da Seplan na época em que havia sido concluída a etapa do desassoreamento e início das obras do túnel, não soube explicar porque houve mudança de material diverso, como concreto armado, que estava previsto no projeto básico. De acordo com ele, não cabia a Seplan acompanhar esse processo, mesmo que a Seplan registre os boletins de medição.

Leia depoimento na íntegra:

Polari