Ex-presidente do PSL Mulher reage a ataques e expõe racha do partido

“A mentira tem muitos argumentos, mas a verdade tem uma lógica que é própria dela”. Foi assim que a ex-presidente do PSL Mulher, Sammara Aguiar, iniciou seu pronunciamento sobre declarações dadas a reportagem do Paraíba Já, em um desdobramento sobre uma suposta candidata laranja na Paraíba. Ela relatou que está sendo vítima de ataques por parte de uma “claque paga” e expôs um racha interno no PSL paraibano. Assista:

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A ex-líder contou sobre a entrevista realizada pela reportagem do Paraíba Já, e deixou claro que foi questionada sobre os valores e os critérios utilizados para distribuição dos valores entre as candidaturas femininas. Com isso, frisou que não fez qualquer tipo de denúncia.

“Se faz uma pesquisa eleitoral, de popularidade, procura uma pessoa que tenha tradição familiar, para fazer essa divisão com candidatos preferenciais. Os critérios não me foram explicados, e até hoje não sei que critério foi utilizada para divisão de verbas”, afirmou Sammara.

Acerca dos critérios utilizados para fazer a divisão ela foi ainda mais clara. “Não sei a que atribuir. Tinham mulheres com mais projeção, com mais notoriedade no partido. Citei alguns nomes, como Pâmela Bório, que notadamente é mais conhecida que Ilmara Morais. Isso não é agressivo, não é ofensivo, é minha impressão como política e advogada”, disse.

Claque paga para atacar

Sammara Aguiar revelou que está sendo alvo de ataques, os quais classificou como levianos. A ex-presidente do PSL Mulher disse que tem uma claque paga, para cair em campo e entrar falando sobre determinada pessoa que seja divergente das ideias de um grupo.

Ela classificou as ações de ataques a ela e a imprensa como cortina de fumaça de determinados setores políticos. “Fazem isso para poder disfarçar uma determinada história”, destacou.

Para ela, não adianta construírem uma claque para agredir pessoas e incitar execração pública para os que são divergentes. “Aqui na Paraíba é como se o PSL tivesse um dono, que é uma pessoa que se porta de forma ditatorial, e que ao ser contrariado minimamente já fica com raiva, parte para cima, manda sua claque vir tentar defenestrar a honra e reputação das pessoas”, afirmou.

Racha no PSL da Paraíba

Sammara Aguiar iniciou os comentários acerca do racha no PSL da Paraíba frisando que o político tem que saber que todos estão sujeitos a crítica. “Precisam focar em ser úteis, e não em ser bajulados”, ressaltou.

A ex-líder ressaltou que setores de comando do partido tentam se apossar de movimentações, atos e outras ações de filiados. “[Tentam] se apossar de movimentações e trabalhos realizados por outras pessoas, a fim de receber o prestígio pelas ações, além de usar como pauta política e setorizada”, disse. “Dentro do PSL, e isso é indiscutível, existe já um racha. Até as eleições tentamos compor, mas não houve como. O PSL hoje é um partido setorizado, tem alas”, completou.

Ainda conforme ela, mesmo o ambiente de setores dentro dos partidos serem comuns, dentro do PSL ocorre um outro tipo de disputa setorizada. Enquanto em outras agremiações há questões ideológicas conflitantes, no PSL paraibano existe a personificação do setor, o que ela identificou como “do lado de quem você está”.