O ex-deputado estadual paraibano Vituriano de Abreu (PMDB) é um dos profissionais de Unidades do Programa de Saúde da Família (USFs) investigados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT-PB) por não estar cumprindo a jornada legal de trabalho de 40 horas semanais na USF que atua, no bairro do Altiplano, em João Pessoa.
Uma das denunciantes, que preferiu não revelar sua identidade, é uma moradora da região. Ela ressaltou, durante entrevista ao Paraíba Já, que o ex-parlamentar “só aparece para atender em um único turno”. “No feriado da Independência, no mês passado, ele só foi na segunda-feira. Na véspera do feriado, que foi uma terça, ele já não foi e me informaram que iria só aparecer na sexta”, disse.
Antônio Vituriano de Abreu recebeu em junho da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) R$12.435, e em julho R$ 7.800, segundo dados do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB). Além disso, o ex-deputado tem um contrato com carga horária de 15 horas para atender no Trauminha de Mangabeira.
Essa e outras denúncias foram encaminhadas para o Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB), que requisitou inspeções, em caráter de urgência, em unidades do programa na Capital, para verificar o cumprimento da jornada legal por parte dos médicos, ou seja, se os mesmos estão se submetendo a controle de ponto em condições iguais aos demais profissionais de saúde.
O outro lado
O Paraíba Já tentou, sem sucesso, contato com o ex-deputado Vituriano. O número do telefone do médico estava desligado.
Veja abaixo cópias dos documentos:
