EUA muda critério do quadro de medalhas para não ficar atrás da China

Jornais britânico "The Guardian" e a "BBC", por exemplo, seguem mostrando o quadro de medalhas pelo critério de ouros

Foto: Divulgação

Para não mostrar os Estados Unidos atrás da China no quadro de medalhas das Olimpíadas de Tóquio, a imprensa americana mudou a forma de exibir os países com mais pódios: agora a regra é mostrar a classificação pelo total de medalhas, não pelo número de ouros.

A mudança independe do espectro ideológico do veículo de comunicação: tanto os jornais “The New York Times” e “The Washington Post” quanto a rede de televisão Fox News mostram os EUA à frente da China, apesar de os americanos terem menos ouros.

Até as 9h desta quinta-feira (5), os chineses lideram o quadro de medalhas com 33 ouros, 24 pratas e 16 bronzes (73 no total), contra 27 ouros, 34 pratas e 25 bronzes dos americanos (86 no total).

A Fox News exibe apenas os EUA acima da China, mas os demais países não estão organizados em um ranking: a Coreia do Sul (6 ouros e 19 medalhas) aparece antes da Austrália (15 ouros e 36 medalhas) e o Comitê Olímpico Russo (53 medalhas no total) é apenas a 7ª delegação da lista, não a 3ª.

O jornal britânico “The Guardian” e a “BBC”, por exemplo, seguem mostrando o quadro de medalhas pelo critério de ouros, mesmo que a Grã-Bretanha perca posições por isso (veja abaixo).

Se adotassem o mesmo critério americano, a Grã-Bretanha passaria Japão e Austrália e apareceria em 4º lugar, não em 6º. Os britânicos têm 16 ouros, 18 pratas e 16 bronzes (50 no total), contra 21 ouros, 9 pratas e 14 bronzes dos japoneses (44 no total) e 17 ouros, 5 pratas e 18 bronzes dos australianos (40 no total).

O Brasil é atualmente o 16º colocado no quadro de medalhas, com 4 ouros, 4 pratas e 8 bronzes (16 no total), atrás de Cuba e Canadá e à frente de República Tcheca e Suíça.

Pelo critério usado pela imprensa americana, o Brasil passaria Cuba (12 medalhas, mas 5 ouros) e Hungria (15 medalhas, sendo 5 ouros) e subiria para 14º.

Do G1