EUA enviarão insumos médicos à Índia para ajudar na luta contra Covid

Os Estados Unidos enviarão “imediatamente” para a Índia, que enfrenta uma onda de infecções pela Covid-19, material para fabricação de vacinas, além de terapias, testes, ventiladores e equipamentos de proteção, informou a Casa Branca neste domingo (25).

“Os Estados Unidos identificaram a origem de matéria-prima específica necessária para a fabricação na Índia de vacinas contra a Covid, que será fornecida imediatamente àquele país”, indica o comunicado da Casa Branca.

Washington também “identificou suprimentos terapêuticos, kits de teste de diagnóstico rápido, ventiladores e equipamentos de proteção individual que serão disponibilizados imediatamente à Índia”, disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Emily Horne.

Com 1,3 bilhão de habitantes, a Índia registrou quase 350 mil infecções e 2.767 mortes por Covid-19 em 24 horas, para um total de 16.960.172 casos e 192.311 mortes. Na capital, Nova Delhi, os hospitais estão lotados, com falta de oxigênio e medicamentos.

Os Estados Unidos não mencionaram o envio de vacinas excedentes da AstraZeneca para a Índia, depois que o principal conselheiro dos EUA sobre a pandemia, Anthony Fauci, disse hoje que essa possibilidade seria considerada. Grã-Bretanha, França e Alemanha prometeram ajudar à medida que a crise do coronavírus na Índia crescesse.

Corpos de vítimas da Covid-19 são cremados em Nova Delhi, na Índia, neste sábado (24) — Foto: Danish Siddiqui/Reuters

Corpos de vítimas da Covid-19 são cremados em Nova Delhi, na Índia, neste sábado (24) — Foto: Danish Siddiqui/Reuters

Explosão de casos

Em março, o governo indiano afirmou que estava na “fase final” da pandemia e flexibilizou medidas de restrição, mas, para especialistas, essa decisão foi tomada cedo demais e alertas sobre uma crescente onda de casos foram ignorados.

Uma combinação de fatores levou ao atual desastre humanitário indiano, que era evitável, de acordo com o cientista Gautam Menon, em entrevista à agência Deutsche Welle.

“A negligência por parte dos cidadãos e das autoridades fez todos baixarem a guarda. Possíveis reinfecções por causa da perda de anticorpos e o surgimento de novas variantes contribuíram para o surto”, afirmou Menon.

Do G1.