“Eu não posso usar o meu Viagra, pô?”, questiona o general Mourão

O presidente da República em exercício, general Hamilton Mourão, durante entrevista coletiva, no Palácio do Planalto.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, defendeu a compra de mais de 35 mil comprimidos de Viagra, remédio usado para tratar disfunção erétil, pelas Forças Armadas.

General da reserva e pré-candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul, ele chegou a fazer graça com a aquisição das pílulas.

“O que são 35 mil comprimidos de Viagra para 110 mil velhinhos que tem? Não é nada”, afirmou o general. E não parou por aí: “Então, tem o velhinho aqui”, disse ele, apontando para si próprio. “Eu não posso usar o meu Viagra, pô?”

A informação da compra de milhares de comprimidos de Viagra, revelada na segunda-feira pelo jornal O Globo, veio acompanhada da aquisição de próteses penianas, também para as Forças Armadas. Sobre isso, Mourão nada falou.

A declaração de Mourão foi dada em entrevista ao jornal Valor Econômico, em que ele criticou a cobertura da imprensa sobre o caso do Viagra, dizendo ser “coisa de tablóide sensacionalista”.

O general argumentou que boa parte da verba usada para a aquisição do medicamento é descontada posteriormente dos salários dos militares.

A justificativa oficial para a compra é que a droga também pode ser usada para casos de hipertensão arterial pulmonar. A doença, porém, é rara, com incidência de um caso a cada 250 mil pessoas.

Do O Tempo.