Etiene Medeiros ganha o primeiro ouro feminino da natação brasileira em Pans

Maior promessa da natação brasileira, Etiene Medeiros fez bonito e venceu os 100m costas em Toronto. O feito é histórico. É a primeira vez na história que uma nadadora do país conquistou um ouro em Jogos Pan-Americanos, com direito a recorde da competição com 59s61, sexto melhor tempo do mundo. Guilherme Guido conseguiu a prata nos 100m costas e Leonardo de Deus foi bronze nos 400m livre.

“Estou muito realizada. O trabalho foi bem feito e tem toda uma comissão por trás, com muita gente que me ajudou. Estou meio aérea ainda. Tenho noção de que o tempo que fiz que é muito bom”, disse Etiene Medeiros.

A brasileira dominou a prova de ponta a ponta e ganhou contra rivais de certo gabarito. Olivia Smoliga, campeã mundial dos 100m costas no Mundial de piscina curta de 2012, por exemplo, nadou forte, mas não conseguiu alcançar Etiene, que quebra mais uma marca.

Ela foi a primeira brasileira campeã e recordista mundial dos 50m costas em piscina curta, feito alcançado no Mundial de 2014, no Qatar. Agora, entra para a história verde-amarela em Pans como o primeiro ouro do país.

Apesar do crescimento recente das meninas brasileiras nas piscinas, a única brasileira que já subiu no lugar mais alto do pódio da competição foi Rebeca Gusmão, em 2007. A nadadora, porém, perdeu a medalha após ter sido pega no antidoping.

Etiene Medeiros voltará à piscina ainda nesta sexta. No fim do dia, ela disputará justamente os 50m livre, sua outra especialidade.

100m costas masculino
Na prova que poderia ter dado mais uma medalha a Thiago Pereira, que preferiu se poupar, Guilherme Guido fez bonito. O brasileiro fez 53s35, ganhou a prata e entrou na lista de dez melhores tempos do ano na prova. Só não levou porque na raia ao lado tinha Nicholas Thoman, norte-americano que foi medalhista de prata em Londres, em 2012, justamente na mesma prova.

“Foi muito bacana. Dou os parabéns ao americano, que não é qualquer um. Falei para ele: ‘Foi divertido nadar a prova com você, me ajudou a abaixar o tempo”, disse Guido ao Sportv.

É a terceira medalha pan-americana do nadador, que em 2011, em Guadalajara, foi ouro nos 4x100m medley e bronze nos 100m costas. Mais que o pódio, no entanto, o que agradou Guido foi a marca alcançada, sua melhor desde a proibição dos trajes tecnológicos em 2009.