Estudantes protestam contra precariedade do transporte escolar no Conde

Estudantes do Conde realizaram um protesto na manhã desta terça-feira (16), em frente a Secretaria de Educação do Município, contra a redução da rota noturna do ônibus universitário. De acordo com eles, a redução não foi avisada previamente e mais de 50 alunos estão prejudicados.

A Prefeitura do Conde emitiu uma nota, como direito de resposta, a uma publicação do Paraíba Já, sobre o intenso aumento de recursos gastos com o Carnaval nos últimos quatros anos. A nota justifica o aumento em 135%  nos gastos da festa carnavalesca da cidade pelo fato do Conde ser  um “município diferenciado”.  A prefeitura, em seu legítimo direito de resposta, ainda afirmou que o cenário de crise econômica que assola o país não afeta a cidade, que proporcionou o “maior carnaval de todos os tempos”.

De acordo com Alex Santos, estudante do Instituto Federal da Paraíba (IFPB),  a realidade vivida pelos estudantes da cidade reflete sim o cenário da crise econômica do país ao contrário do que foi dito na nota emitida pela prefeitura do Conde.

“A alegação da prefeitura para a redução da rota é que não tem verba suficiente para manter a rota anterior, mas gastou R$ 1,3 milhões com o carnaval e acaba colocando os estudantes nessa situação. Fomos à Secretaria de Educação, fizemos o manifesto, e depois de um longo tempo de espera, pessoas que não se identificaram nos chamaram para uma conversa e disseram que iriam tentar normalizar a rota, mas até segunda-feira a situação continuará a mesma”, relatou.

Alex ainda explicou quais foram as alterações feitas na rota do ônibus que transporta os universitários do Conde.

“O ônibus tem uma rota definida, que é levar os estudantes para as universidades e deixar em casa. A prefeitura em meio a alguns cortes resolveu limitar a rota, agora os estudantes são deixados na Lagoa e seguir para a aula e depois retornar para a Lagoa para pegar o ônibus para voltar ao Conde. O ônibus também não está deixando os estudantes em suas residências como antes”, explicou.