Estudantes de medicina na PB criam movimento para protestar contra mensalidade abusiva

Estudantes da Faculdade de Medicina Nova Esperança (Famene) criaram um movimento para buscar melhorias com relação ao pagamento das mensalidades na instituição. Eles alegam que a faculdade cobra um dos preços mais caros do Brasil pelo curso de medicina e oferece poucas opções de financiamento e descontos.

“Após duas reuniões entre pais e alunos, decidimos fundar o movimento Uniei (Unidos por um Ideal de Educação Inteligente) para buscar melhorias da Famene na questão da forma de pagamento, por exemplo, porque é uma das universidades mais caras do Brasil (R$8.850,00 mensais) sem nenhum desconto se paga à vista ou se paga o semestre inteiro de uma só vez, o que geralmente acontece nas outras universidades, e sem nenhuma forma de flexibilidade para negociação quanto a forma de pagamento”, disse a estudante Dayana Macário.

Além disso, eles lembram que a universidade acabou o convênio com o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) e o movimento criado por pais e alunos não percebe empenho por parte da instituição em criar alternativas.

“Após tirarem o FIES, não colocaram nenhum outro tipo de financiamento e não há nenhum empenho da faculdade para mudar isso. Então, devido a todos esses acontecimentos, decidimos criar o movimento em busca de algum financiamento e de algumas melhorias para a faculdade”, prosseguiu.

Ela disse, ainda, que após a retirada do Fies, inviabilizando a entrada de pessoas de baixa renda na instituição, a concorrência diminuiu e pessoas com pouca bagagem intelectual estão frequentando o curso sem sequer conseguir passar do primeiro período.

“Alguns fatos importantes é que após tirarem o financiamento, a concorrência diminuiu bastante, pois pessoas com pouca bagagem intelectual começaram a passar no curso. Uma quantidade significativa de alunos estão reprovando no primeiro período, o que implica de certa forma dizer que, além de aumentar cada vez mais o preço da mensalidade, a qualidade do curso está ficando baixíssima. Se continuar assim, pouca gente vai poder custear e continuar na faculdade. Isso já gerou e está gerando o abandono de muitos alunos do curso, além dos transtornos mentais que são acarretados diante desses problemas, principalmente por ter um sonho interrompido”, concluiu.