Uma estudante foi vítima de estupro na última segunda-feira (24) dentro do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa. O caso gerou revolta na comunidade acadêmica, e o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFPB emitiu uma nota exigindo ações imediatas das autoridades e da administração da universidade para identificar o agressor e reforçar a segurança no campus.
Entre as principais demandas estão o aumento da vigilância, a melhoria da iluminação e a criação de canais acessíveis para denúncias. Além disso, as entidades estudantis cobram suporte integral à vítima, incluindo atendimento psicológico e jurídico, e reforçam a urgência de combater a impunidade.
Em resposta ao caso, a UFPB divulgou uma nota informando que tomou conhecimento da denúncia por meio de um aplicativo de mensagens e acionou a Superintendência de Segurança Institucional (SSI) para investigar o ocorrido. A universidade afirmou que colocou seus recursos à disposição para acompanhar as investigações e reafirmou seu compromisso com a segurança e o acolhimento de vítimas de violência.
O Comitê de Políticas de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra as Mulheres (CoMu) também iniciou uma busca ativa para oferecer apoio à possível vítima, que ainda não foi identificada. A UFPB garantiu que, embora nada tenha sido confirmado até o momento, está disponível para atender de forma sigilosa e segura qualquer pessoa que queira relatar situações de violência.
Nas redes sociais, estudantes e membros da comunidade acadêmica criticaram a falta de segurança no campus. Um usuário destacou: “Não tem como ser diferente, o CCS está abandonado e sucateado! Infraestrutura decadente e segurança zero! Depois das 17h, já começa a ficar escuro, e a iluminação é insuficiente, criando um cenário propício para esses absurdos.”
Outra pessoa questionou a ausência de controle de acesso na instituição: “Há anos a universidade enfrenta esse problema. A Política de Segurança Pública na UFPB não existe. No IFPB, qualquer visitante precisa se identificar para entrar, enquanto na UFPB, entra todo mundo sem controle. O resultado são assaltos e abusos sexuais.”