Estimativa é de aproximadamente 30 mil pessoas em ato pró-Dilma em JP

Os organizadores do ato em defesa da democracia e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) contabilizaram, aproximadamente, 30 mil manifestantes nas ruas do Centro de João Pessoa, desde o início da caminhada, nesta sexta-feira (18).

 

f846e7a8-9596-419c-9ff4-c57a218ab399 6c67f1a6-5ddb-4069-93c0-3db28ea3e9cf e740e222-8f3c-4373-b10f-593b0056215c 7ed1b504-0173-4bb6-9235-003cba2e7ee7 51fa45fb-12e5-4654-8c9a-d7dec86d481c

O presidente do diretório do PT da Paraíba e pré-candidato a prefeitura de João Pessoa pela sigla, Charliton Machado, falou sobre as manifestações em defesa da democracia e contra o golpe que acontecem em todo o Brasil. Ele começou fazendo uma referência histórica ao momento político que o país vive hoje comparando à conjuntura do período pré-golpe militar de 1964.

“Esse é um movimento histórico importante porque não aconteceu em 1964, por exemplo, com grau de resistência da sociedade civil organizada, dos movimentos sociais, dos sindicatos, dos partidos políticos de esquerda”, analisou.

“A Marcha da Família com Deus e pela Propriedade, que marchou para derrubar Jango com quase meio milhão de pessoas foi no dia 19 (de março de 1964), amanhã fará 52 anos. Hoje, dia 18, nós estamos no Brasil com uma ampla mobilização popular, que vai de São Paulo passando pelo Rio, passando pelas 26 capitais do Brasil, as maiores cidades brasileiras”, destacou Charliton sobre as  articulações para os atos políticos dessa sexta-feira Brasil afora.

Para o presidente do PT paraibano o ponto fundamental que está na pauta das manifestações de hoje é preservação da democracia e suas instituições. Charliton defende que não se pode combater a corrupção aviltando as leis.

“Queremos fazer uma marca de um debate político necessário que é dizer à população que nós não queremos enfrentar a corrupção abrindo mão da democracia, nós queremos enfrentar a corrupção valorizando a democracia. Essa é a mensagem que nós vamos deixar nessas marchas: que não se abre mão da democracia para se debater e para enfrentar a corrupção”, defendeu ele.

Charliton Machado ressaltou que a corrupção é um problema que já vem de muito tempo e que tem de se encarado com transparência e responsabilidade, “porque a corrupção é um problema crônico, histórico no Brasil, é um problema político e nós sempre acentuamos isso nos debates políticos com a sociedade”, frisou.

“Agora, não queremos abrir mão da democracia para fazer o debate sobre a corrupção e combater a corrupção. Então, não quero que meus telefones sejam grampeados de forma gratuita e irresponsável, eu quero preservar o direto dos advogados terem o direito de falar com seus clientes, eu não quero que a maior autoridade da nação tenha seu telefone grampeado e exposto a uma rede de TV de forma irresponsável, inconstitucional e criminosa”, afirmou ele fazendo críticas diretas a ação do Juiz Sérgio moro que quebrou o sigilo telefônico do ex-presidente Lula e divulgou à imprensa.

“Neste dia 18, nós vamos marchar pelo Brasil, com as cores do Brasil, com as cores que cada partido eleger como suas próprias cores, dizendo que a democracia é o nosso maior legado. E é em nome desse legado que nós vamos fazer um grande debate de forma pacífica, de forma cultural, de forma política”, concluiu.