Estado retoma programa de compras e doações de produtos da agricultura familiar

Etapa assegura R$ 5,3 milhões para 1.460 agricultores em 112 cidades com a comercialização de seus produtos junto à Sesaes para doação às famílias

O Governo do Estado, por meio da Secretaria Executiva de Segurança Alimentar e Economia Solidária (Sesaes)/Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh), retomou, nessa quinta-feira (17), no Assentamento Vanderley Caixe, na cidade de Pedras de Fogo, as compras e doações da nova etapa do Programa Alimenta Brasil (antigo Programa de Aquisição de Alimentos), na modalidade compra com doação simultânea (PAA-CDS).

Foram mais de 60 mil quilos de produtos da agricultura familiar – entre macaxeira, batata-doce, inhame, abacaxi, mamão, maracujá, banana e abacate – comprados a 15 agricultores dos assentamentos Vanderley Caixe, Mata de Vara e Aurora, garantindo a distribuição desses alimentos para famílias famílias em situação de vulnerabilidade de 11 municípios: Capim, Cubati, Mataraca, Picuí, Barra de São Miguel, Algodão de Jandaira, Serra da Raiz, Caaporã, Natuba, Princesa Isabel, e Pedras de Fogo.

A nova etapa assegura R$ 5,3 milhões para 1.460 agricultores em 112 municípios com a comercialização de seus produtos junto à Sesaes para doação às famílias em situação de vulnerabilidade do Estado. O lançamento do PAA-CDS/2021 ocorreu no município de Alhandra, em setembro passado.

Paulo Sérgio, membro da direção estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) da região do Litoral Sul, enfatizou a importância da retomada do Programa devido à dificuldade que eles têm de comercialização. “Essa política do Governo do Estado contribui para as famílias escoarem a produção e automaticamente terem uma renda para melhorar a qualidade de vida. Essa retomada é uma esperança para nós vendermos os produtos que muitas vezes o comércio local não absorve devido a demanda que é grande, e o programa nos proporciona escoar tudo e cumprir um papel importante para a sociedade de produzir alimento saudável”, comentou.

“Para mim é uma satisfação muito grande fazer parte do PAA. A gente consegue passar os nossos produtos direto para o Governo sem precisar de atravessador, porque eles pagam pouco e o programa veio para nos garantir o escoamento da nossa produção com preço justo. Agora posso plantar, colher, comer e vender tudo que planto ”, comemorou Lindinalva Pereira Silva, cadastrada no PAA, que forneceu dois mil quilos de inhame.

A secretária executiva da Segurança Alimentar e Economia Solidária, Roseana Meira, destacou o quanto o PAA é fundamental diante dessa conjuntura de insegurança alimentar que o país enfrenta. “É uma alegria participar dessa retomada, sobretudo, por ser no maior assentamento do MST, porque sabemos da responsabilidade que os agricultores têm com os alimentos produzidos por eles. O Governo da Paraíba tem reafirmado o seu compromisso com a agricultura familiar, tem se empenhado em parceria com os municípios para que a execução desse programa alcance a população que mais precisa”, enfatiza a secretária.

José Ribeiro de Oliveira, prefeito da cidade de Cubati, parabenizou o governador João Azevêdo pelo trabalho executado. “É muito gratificante para o povo de Cubati receber esses alimentos, essa iniciativa do governador vem ajudando a matar a fome do povo que mais precisa, não só do nosso município, como também de toda a Paraíba”, disse.

Participaram da ação, secretários municipais de Assistência, da Agricultura, o prefeito de Cubati José Ribeiro, vice-prefeita de Caaporã, Isabele Edjanir (Didi), técnico do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), representantes da população em situação de vulnerabilidade social assistida pelo programa e agricultores envolvidos.

A equipe técnica do PAA continuará realizando as compras e doações aos municípios movimentando a economia e combatendo a insegurança alimentar no estado. A ação deverá ser concluída no segundo semestre de 2022.

O PAA-CDS é executado em parceria com o Governo Federal, que libera os recursos mediante aprovação de proposta do Governo do Estado. O programa é importante para a geração de renda dos agricultores familiares, pois busca solucionar a dificuldade de comercialização dos produtos, principalmente no momento da pandemia da covid-19. Com a ação, os agricultores conseguem comercializar uma grande parte da produção, e em alguns casos, toda ela. Na doação desses produtos adquiridos junto aos agricultores familiares, o programa contribui com a saúde da população vulnerável promovendo o acesso a alimentos saudáveis, melhorando a qualidade de vida e combatendo a insegurança alimentar.