O candidato a prefeito de João Pessoa, Anísio Maia (PT) afirmou, nesta segunda-feira (21), que está preparado para lutar pela autonomia de escolha livre do candidato nas eleições deste ano. A declaração está relacionada à intervenção realizada pelo Executiva nacional do partido, que retirou a candidatura para apoiar Ricardo Coutinho (PSB).
“Cada vez que isso é questionado, mais minha energia aumenta. Não há nenhuma possibilidade de nós retiramos a candidatura e aceitarmos esse tipo de imposição”, declarou.
Anísio ainda questionou se a ação tem base legal e o motivo pelo qual o candidato do PSB não enfrenta a disputa pelo próprio partido. De acordo com o petista, sua candidatura foi baseada na legalidade, seguindo o regimento democrático.
“A história vai dizer quem tem razão, quem está querendo nos destruir, qual o personagem que não admite autonomia, que quer mandar a vida toda, querendo escolher o candidato de outro partido e, inclusive, quer sequestrar outra legenda. Se essa pessoa é tão popular, por que não experimenta sair pelo próprio partido?”, indagou Anísio?
O nome do ex-presidente do PT de João Pessoa, Antônio Barbosa, foi cotado nesta segunda-feira (21) para ser o novo vice de Ricardo, após a ex-vereadora Paula Frassinete desistir de compor a chapa, no sábado (19), 24 horas depois que seu nome foi anunciado. Conforme Anísio, Barbosa está voltando para o PSB, sua ex-legenda.
“Depois de procurar um tempo e oferecer mundos e fundos para diversos militantes, parece que vão achar um agora. Antônio Barbosa no momento era um candidato a vereador em dificuldade pra se eleger, saiu do PSB correndo para PT. E novamente está voltando para os braços do PSB”, afirmou.
O petista ainda confirmou que irá recorrer, através da justiça, da decisão da Executiva nacional que impôs o fim de sua candidatura para apoiar o socialista e ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho. O anúncio foi feito logo após o fim das convenções partidárias, na quarta-feira (16).
“Nós vamos reagir, claro. Temos uma equipe jurídica competente e o mais importante é ter feito isso dentro da legalidade, de acordo com o ritual da legislação e dos preceitos democráticos. Não fomos nós que indicamos um candidato no apagar das luzes, sem consultar”, destacou.