Espetáculo O Último Édipo é encenado no Teatro Paulo Pontes

Com financiamento do Fundo de Incentivo à Cultura Augusto dos Anjos (FIC), o espetáculo O Último Édipo é a atração do Teatro Paulo Pontes, neste sábado (20) e domingo (21), às 20h, em João Pessoa. A peça é inspirada no romance de W. J. Solha, que une elementos literários e audiovisuais ao teatro. Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria e vão custar R$ 20 (inteiro) e R$ 10 (estudante).

O Último Édipo é um romance inspirado no texto dramatúrgico de W. J. Solha, com Édipo no Terceiro Milênio, que ganhou o prêmio Graciliano Ramos da União Brasileira de Escritores (2006). Édipo Rei, um dos mais tradicionais e conhecidos mitos da tragédia grega, apresenta o drama de um homem que, tentando fugir do seu destino, acaba, inevitavelmente, por cumpri-lo. O Último Édipo traz esse drama para uma linguagem atual.

O mito de Édipo surge na Grécia antiga e seduz plateias do mundo inteiro. A versão de Sófocles, considerada a tragédia modelar para Aristóteles, haveria de ecoar no teatro do tempo. Reencenada ao longo dos séculos, a trama do herói que mata o pai e desposa a própria mãe acabaria por servir de inspiração a Freud, que vislumbrou no mito pulsões nucleares implicadas no desenvolvimento da psique humana. Foi assim, encarnando valores clássicos e modernos, lutando contra potências divinas e humanas, que Édipo foi capturado por Solha em sua História Universal da Angústia, obra que lhe rendeu o celebrado prêmio Graciliano Ramos, em 2006, e o fez finalista do Prêmio Jabuti no mesmo ano.

Vertida pelo escritor para a forma teatral, a peça, que enreda o mito em cenários contemporâneos, inspirou o Grupo de Teatro Lavoura a produzir O Último Édipo, uma livre adaptação do texto. Em uma recriação dramatúrgica que se vale de diálogos e situações da trama do premiado autor, O Último Édipo explora, por vias estéticas distintas e desafiadoras, a liberdade criativa que sempre caracterizou a tradição mítica, o teatro e todas as artes.