Especialistas ensinam como poupar bateria de celulares e economizar no plano de dados

A aflição de ver a carga do celular chegando ao fim no meio do dia é compartilhada por qualquer um que use smartphone. Segundo técnicos, os vilões do consumo da bateria são as funções de localização geográfica e procura de rede, como GPS e wi-fi. O Bluetooth, usado para compartilhar arquivos, também integra a lista. Essas ferramentas devem ser desativadas quando não estiverem sendo usadas.

É claro que o brilho maior da tela do aparelho facilita a navegação, mas a luminosidade intensa é uma das funções que mais gastam energia. Para reduzi-la, basta baixar a barra de notificações e reduzir a intensidade. Essa é uma das alternativas apontadas pela estudante Carla Almeida, de 23 anos. Ela não vive sem os carregadores, conectando o celular à tomada pelo menos duas vezes ao dia. A jovem mantém um blog numa rede social e está o tempo todo conectada.

“Tenho mania de desinstalar os aplicativos que não estou usando. Limpar a memória também ajuda no desempenho do aparelho e consome menos bateria”, afirmou.

Receber em tempo real as notificações de e-mails, mensagens instantâneas do Facebook, do Twitter e de outras redes também absorve muita carga.

“Para desabilitar essa facilidade, é preciso entrar no menu de “Configurações”. Depois, basta escolher o aplicativo e desabilitar a opção “Notificação”. A partir daí, é preciso verificar manualmente se há alguma notificação. Mas também não adianta checar toda hora porque vai consumir bateria. É melhor manter os alertas mais importantes”, disse o especialista em telecomunicações Dane Avanzi, criador do Grupo Avanzi.

Apps ‘comilões’ de franquia

Quando não é a bateria do celular que acaba, é o fim do pacote de navegação que deixa o usuário desconectado do mundo. O alerta da operadora de telefonia de que o usuário atingiu o limite contratado é sempre desagradável, mas muita gente não se dá conta de que os aplicativos já baixados trabalham e gastam a franquia de internet mesmo quando não são usados. São os chamados “comilões” de dados, o pode ser evitado. A forma mais simples de identificá-los é observar se há publicidade neles ou utilização de seus dados vinculados às redes sociais. Esses apps não consomem o plano somente na hora da instalação. Depois que o usuário faz o download, utilizam parte da franquia de web móvel até quando o aparelho não está em uso. A forma mais frequente é a atualização ou a coleta dos chamados dados de segundo plano (informações pessoais do usuário que estão ocultas nas redes sociais, como perfil de consumo e áreas de interesse, por exemplo).

Outros aplicativos pedem para sincronizar uma conta de jogo online que o usuário tenha, por exemplo, com seus dados e seus perfis em redes sociais, o que também gera consumo de franquia. É o que acontece com a universitária Winie Ribeiro, de 23 anos, viciada no Facebook e nos jogos Frozen e Two Dots.

“Já percebi que os aplicativos sempre pedem para acessar meus dados e não sabia que isso acaba gastando a internet”, disse a estudante.

Vídeos roubam dados do pacote de web móvel

Os aplicativos que baixam vídeos e músicas são os maiores vilões de consumo da franquia de internet. Segundo especialistas, ao executar essas funções, a banda utilizada é mais pesada por causa do formato dos dados de transmissão. O pacote ainda é consumido por compartilhamentos de fotos, vídeos e áudios nas redes sociais. O download de arquivos de e-mail também contribui para o consumo elevado, sem que o usuário se dê conta. Uma opção é fazer a compactação das imagens para reduzir o impacto sobre a franquia.

“Muitos consumidores pensam que, após assistirem a um vídeo na internet, não vão gastar seus pacotes, no caso de uma segunda visualização. É um erro. Cada vez que a imagem é vista, o vídeo é baixado e há desconto da franquia”, disse Sérgio Kern, diretor do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil).

No site www.telecomunicacoesdobrasil.org.br, um simulador está disponível para que o usuário trace seu perfil de consumidor. O teste pede informações sobre a frequência semanal com que o internauta baixa vídeos, além da quantidade de e-mails recebidos. O resultado pode ajudá-lo a contratar pacotes mais adequados ao perfil.

“Trabalho com mídias sociais, e percebo que os aplicativos são muito pesados. Tenho que rezar para o pacote de dados iniciar logo um novo ciclo mensal ou pagar por um plano de dados extra. É muito mês para pouca franquia”, brincou a publicitária Leila Serra, de 30 anos.

Especialistas recomendam ainda que os usuários apenas autorizem as atualizações de apps quando houver redes wi-fi gratuitas, para evitar o consumo de dados de suas franquias. Para isso, é preciso desabilitar as renovações automáticas.

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Do jornal Extra