Esforços isolados podem fracassar plano de estruturação de UTIs na PB, afirmam MPs

Campina Grande conseguiu adquirir poucos respiradores, enquanto João Pessoa não encontrou sequer um fornecedor para a compra dos equipamentos

A ação civil pública promovida pelo Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público da Paraíba (MPPB), mostra que a cidade de Campina Grande conseguiu adquirir poucos respiradores, enquanto João Pessoa não encontrou sequer um fornecedor para a compra dos equipamentos, que são essenciais no tratamento de pacientes com a Covid-19.

Conforme os órgãos, a aquisição dos respiradores feita pela Prefeitura de Campina Grande mostra que os esforços isolados por cada gestão têm sido frustrados devido a escassez de oferta dos equipamentos no mercado, podendo resultar não apenas no fracasso do plano de completa estruturação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em todo o Estado, como também “ao desperdício de recursos públicos, com a aquisição por preços maiores, sem garantias efetivas de preço e qualidade”.

No documento, o MPF e MPPB afirmam que ainda não houve um planejamento integrado entre o Estado e os municípios de João Pessoa e Campina Grande, “uma vez que cada um tem buscado por si firmar contratos com empresas fornecedoras, sem sucesso até agora. Observa-se que, além dos respiradores obtidos por doação de empresas ou entes públicos, recondicionamento e redirecionamento de aparelhos já existentes nos hospitais locais, não foi concretizada ainda nenhuma entrega desses aparelhos aos referidos entes”, destaca trecho da ação.