Equipes da PMJP e de Consórcio realizam visita técnica no antigo lixão do Róger

Equipes da Unidade Executora do Programa João Pessoa Sustentável, da Secretaria do Meio Ambiente (Semam) e do Consórcio Terra-Promon estiveram nesta terça-feira (17) na área do antigo lixão do Róger. Foi a primeira visita técnica para reconhecimento do terreno que vai passar por estudos ambientais. A ideia é identificar os níveis de contaminação do solo, traçar soluções de tratamento e devolver o espaço de aproximadamente 31 hectares completamente revitalizado à cidade.

O lixão foi desativado em 2003, mesma data em que foi implantado o aterro sanitário da cidade na gestão Cícero Lucena II. Antes disso, passou 49 anos em atividade. José Dantas, diretor de operações da Emlur, conhece essa história de perto. Participou do processo de transição. Ele lembra que o local tinha dois lagos e muito verde quando começou a ser usado como depósito de resíduos sólidos, em 1954. Hoje, essa atividade já não existe, nem há mais famílias vivendo na área, mas a degradação ficou. Sob a grama rasteira, há até 12 metros de entulho. Esse material contamina a terra e a água.

Parte do solo, dividido em cinco células, chegou a ser recuperada em 2005. “Foi uma etapa de escavação para se implantar o sistema de coleta do chorume. Nesse mesmo sistema foram implantados drenos verticais para coletar o gás que é gerado pela decomposição do resíduo. Foi feita a geometrização das células nas laterais dos taludes para evitar desmoronamento nas massas de lixo, uma camada de cobertura final e uma camada de cobertura vegetal em cima, além de um transplante de árvores”, afirmou José Dantas.

Foram plantadas mais de mil árvores nativas, segundo Sérgio Chaves, diretor de estudos e pesquisas ambientais da Semam, mas a falta de manutenção pôs tudo a perder. “Não deram continuidade ao manejo delas e infelizmente morreram”. Ele diz que uma das saídas pode ser a criação de um viveiro de produção de mudas e compostagem, espaço para agricultura familiar e hortas comunitárias.

“É uma possibilidade. Tudo vai depender dos estudos e projetos que vão ser feitos pelo Consórcio. A fase de diagnóstico deve ser concluída em dezembro e, a partir daí, vai ser possível executar as obras de requalificação. Em até dois anos, João Pessoa pode ganhar um novo equipamento ambiental de grande impacto social. Esse é o grande sonho do prefeito Cícero Lucena: transformar o antigo lixão em um Parque Socioambiental no coração da cidade”, afirmou.