Equipe espanhola está em JP para gravar documentário sobre a ‘Chacina de Pioz’

Paraibano François Patrick Nogueira Gouveia confessou ter assassinado pessoas da própria família e foi condenado à prisão permanente revisável

João Pessoa será cenário para gravação de um documentário sobre o caso Chacina de Pioz, onde o paraibano François Patrick Nogueira Gouveia assassinou sua tia, tio e dois primos bebês em Pioz, Castilla – La Mancha, na Espanha, em 17 de agosto de 2016. Uma equipe espanhola está na Capital para registrar depoimentos de pessoas sobre o crime, incluindo jornalistas que participaram da cobertura.

O documentário é uma produção para o grupo de comunicação Atresmedia Studios (A3M), que produziu documentários como ‘Living abroad’. Além disso, também foi indicada ao Emmy Internacional deste ano, que acontece no dia 22 de novembro, conforme a jornalista espanhola Paula López, integrante da equipe.

O grupo disputa a categoria ‘Melhor Série de Curta’ com a segunda temporada ‘Gente hablando’. A produção brasileira ‘Diário de um confinado’, do Globoplay, também tenta o prêmio.

O caso

O paraibano François Patrick Nogueira Gouveia, 22 anos, que confessou ter assassinado pessoas da própria família em 2016 na cidade de Pioz, na Espanha, foi condenado à prisão permanente revisável, a pena máxima prevista pela legislação espanhola.

Gouveia é apenas o quinto condenado na Espanha a receber a punição máxima e terá de passar de 25 a 35 anos na prisão até que a pena possa ser revista.

Ele havia confessado ter matado a facadas e depois esquartejado o tio, Marcos Campos Nogueira, de 41 anos, e os filhos dele, Maria Carolina, de 4 anos, e David, de 1 ano. Ele também matou a mulher de Marcos, Janaína Santos Américo, de 40 anos.

O crime, ocorrido em 17 de agosto de 2016, chocou a Espanha e ficou conhecido popularmente como “o crime de Pioz”.

Gouveia recebeu três penas máximas pelas mortes do tio e das crianças, e 25 anos de prisão pela morte de Janaína.

A sentença, lida em audiência no Tribunal Superior de Justiça de Castilha-La Mancha, foi maior do que a pedida originalmente na denúncia do Ministério Público espanhol.