Entenda diferenças entre cooperativas de crédito e os bancos tradicionais

Embora possuam produtos e serviços similares, como conta corrente e linhas de crédito, bancos e cooperativas de crédito guardam diferenças essenciais em seus modelos de gestão e governança. Conhecer as diferenças entre eles é essencial para quem quer aplicar seu dinheiro com mais sabedoria e segurança, pagando menos taxas e ajudando o desenvolvimento da economia local e nacional.

As cooperativas de crédito foram reconhecidas pela Lei Complementar nº 130/09, que regulamenta sua atuação no Brasil. No cooperativismo, um grupo de pessoas se une para prestar serviços financeiros a seus associados, gerando benefícios para todos os participantes. Essa é a principal distinção entre os modelos: na cooperativa não existem apenas clientes, mas sim associados, que também são donos do negócio.

Uma das maiores e a primeira cooperativa de crédito do Brasil e da América Latina, o Sicredi oferece mais de 300 produtos e serviços financeiros, com o diferencial de possuir taxas muito mais competitivas que os bancos tradicionais, além de compartilhar os resultados com todos os seus associados.

Atualmente, o Sicredi reúne mais de 5,5 milhões de associados em todo o país e conta com uma rede de atendimento de mais de 2,2 mil agências, com planos de expansão em todas as regiões do país.

“Nosso maior diferencial é que os nossos clientes são nossos associados e cada um é dono da instituição, tem poder de voto com peso igual nas tomadas de decisões e participação nos resultados. Isso acontece por meio de assembleias, onde todos decidem sobre os rumos da cooperativa”, explica Wilson Moraes, presidente do Conselho de Administração da Central Sicredi Norte e Nordeste.

Esse compartilhamento do resultado entre todos faz com que o dinheiro investido retorne à comunidade e ainda permite que as cooperativas pratiquem taxas de serviço mais justas que os bancos tradicionais. Isso estimula a participação de um maior número de pessoas na cooperativa, fomentando a economia local e promovendo a independência financeira dos associados.

Além disso, segundo a pesquisa Benefícios Econômicos do Cooperativismo de Crédito na Economia Brasileira (2020), realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), as cooperativas de crédito possuem uma capilaridade muito maior se comparadas aos bancos tradicionais: elas conseguem operar em cidades com PIB a partir de R$ 79 milhões, enquanto para os bancos públicos é necessário um PIB mínimo de R$ 146 milhões – para um banco privado, o valor necessário é de R$ 220 milhões.

“A cooperativa de crédito oferece todos os produtos e serviços que qualquer outra instituição financeira, porém com condições especiais e taxas justas, pois não visamos apenas o lucro. Nosso objetivo final é contribuir com uma vida financeira tranquila para os nossos associados e com o desenvolvimento local”, conclui Wilson Moraes.