Enquanto defende racionamento, Romero planeja gastar R$ 51 mil com água mineral na PMCG

uma simples pesquisa no Sagres mostra que a gestão do tucano planeja gastar comprar sete mil garrafões.

O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), não gostou do anúncio do fim do racionamento de água em Campina Grande e chegou a dar entrevistas à imprensa paraibana condenando o anúncio do governador Ricardo Coutinho (PSB) de acabar com o sofrimento da população de Campina Grande nesta semana. Contudo, uma simples pesquisa no Sagres mostra que a gestão do tucano planeja gastar R$ 51 mil com a compra de água mineral.

Os dados do Sagres mostra a proposta vencedora da licitação realizada pela Prefeitura Municipal de Campina Grande (PMCG), onde a empresa vencedora é a Difernacc Distribuidora. A homologação do resultado do certame ocorreu no dia 27 de janeiro e esse valor daria para comprar sete mil garrafões de água mineral.

Angústia

O secretário de Comunicação do Estado, Luis Tôrres, analisou que a postura de Romero em ser contra o fim do racionamento de água em Campina é fruto de angústia. “Entendo a raiva do prefeito Romero. Para quem quer ver o governador odiado por Campina Grande, é angustiante vê-lo garantindo água para a cidade. Mesmo que o povo mereça”, disse Tôrres em uma conta pessoal nas redes sociais.

Contradição

Já o governador Ricardo Coutinho (PSB) lamentou as críticas do prefeito tucano e destacou a contradição de Romero, que no primeiro semestre deste ano, exigia que o Governo do Estado retomasse o pleno abastecimento de água.

“Romero Rodrigues disse em abril de 2017 que se tiver boa vontade da Cagepa, veja bem, se tiver boa vontade da Cagepa, já pode encerrar o racionamento em Campina Grande. As águas tinham começado a tocar Boqueirão e ele já dizia que já podia encerrar o racionamento em Campina Grande, porque se estava chegando água. Mas, o racionamento era uma medida preventiva para evitar o estrangulamento do abastecimento na região. Ele ainda disse na mesma época que o Governo do Estado não teria mais que maltratar a população campinense com racionamento severo”, relembrou.

Para contrapor a oposição, Ricardo apontou nas declarações recentes de Romero como tentativas de promoção eleitoreiras. “Você quer uma fala mais eleitoreira, mais partidária do que essa? De um profundo desrespeito com o esforço dos trabalhadores da Cagepa e do Governo do Estado? A gente passar uma crise não é brincadeira, é muito sério. Nós agimos corretamente, não nos deixamos nos envolver com esse tipo de comportamento que é puramente demagógico. Nós agimos desde o início com o maior respeito por Boqueirão, por Campina Grande e por toda a população”, salientou.