Engenheiro do Aterro Sanitário não confirma despejo de 200 mil toneladas de lixo da Lagoa

O engenheiro José Lyndon Johnson de Figueiredo, da empresa Rumos, que administra o aterro sanitário de João Pessoa, também prestou depoimento na sede do Ministério Público Federal (MPF), para o inquérito civil que investiga desvio de mais de R$ 10 milhões na obra de revitalização do Parque Solon de Lucena (Lagoa). A irregularidades na obra e os prejuízos foram apontados no relatório da Controladoria Geral da União (CGU).

Na oitiva dada ao procurador da República Yordan Delgado, o engenheiro explicou que a descarga dos resíduos retirados na etapa de desassoreamento da Lagoa foi no aterro sanitário. No ano passado, a Prefeitura de João Pessoa instalou várias placas no entorno da obra informando que foram retiradas mais de 200 mil toneladas de lixo.

José Lyndon confirmou que parte dos resíduos foram depositados em um dique, construído pela empresa Compecc e outra parte em uma área reservada ou até mesmo por cima de lixo orgânico. Mas não comentou sobre a mudança das dimensões do dique construído, que, de acordo com a CGU, foi inferior ao que fora informado no projeto.

Sobre a pesagem, ele admitiu que inicialmente toda a carga de resíduos retirada da Lagoa era pesada ao adentrar o aterro. Porém, como estava causando problemas de mobilidade na região, essa pesagem não foi mais realizada. Ou seja: o aterro sanitário não confirmou se o montante de resíduos (ou lixo) retirados da Lagoa é mesmo as 200 mil toneladas.

Leia o depoimento na íntegra:

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