Empresas que apoiaram Bolsonaro na pandemia são alvos de protesto em SP

Foram alvos dos manifestantes a rede de lanchonetes Habib’s, a empresa de energia Cosan, a gigante do varejo Riachuelo e os bancos BTG e Safra

Integrantes da Frente Povo Sem Medo (FPSM) e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) realizaram uma série de ações em protesto, nesta terça-feira (20), em São Paulo, contra o apoio de grandes empresários ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a pandemia. Foram alvos dos manifestantes a rede de lanchonetes Habib’s, a empresa de energia Cosan, a gigante do varejo Riachuelo e os bancos BTG e Safra.

A ação ocorre duas semanas após Bolsonaro ter sido recepcionado pelos donos dessas empresas num jantar realizado em uma mansão no Jardim América, bairro nobre da capital paulista.

A ação da FPSM teve como grito de ordem a frase “não aguento mais”. Os manifestantes afirmam que enquanto Bolsonaro recebe apoio desses empresários, os brasileiros assistem a um aumento expressivo de índices de miséria, pobreza, fome, desemprego e inflação. E que em qualquer outro contexto, “um governante tão incapaz” não estaria mais no poder.

“Quantos milhões mais vão morrer? Quantos milhões mais vão dormir sem ter o que comer?”, afirmam os movimentos, em manifesto divulgado durante a ação. Eles argumentam que Bolsonaro, “especialista em apoiar o vírus”, ajudou a aprofundar a pandemia, deixando o povo “refém do medo e da miséria”.

“Enquanto isso, os empresários lucram bilhões e se fartam em banquetes regados ao sangue do povo brasileiro”, diz o texto. Além disso, por conta desse apoio, os manifestantes dizem que esses empresários se tornaram “cúmplices do maior genocídio recente da nossa história”.

Fura-fila das vacinas

Por outro lado, os manifestantes também denunciaram o projeto de lei que autoriza a compra de vacinas por empresas privadas. Na prática, segundo eles, essa medida vai prejudicar o Plano Nacional de Imunização (PNI) e enfraquecer os esforços do SUS no combate ao novo coronavírus. Nesse sentido, a principal consequência é que grupos não-prioritários acabarão sendo vacinados na frente de grupos considerados de risco. As informações são da Rede Brasil Atual.