Empresário pede união da classe política para evitar novo desabastecimento na PB

O empresário pessoense do setor de combustíveis, Nelson Lira, pediu, na manhã deste domingo (10), a união da bancada federal da Paraíba para evitar um novo desabastecimento nos postos de gasolina do Estado. Em entrevista ao Paraíba Já, ele ressaltou que os políticos paraibanos precisam estar juntos, independentemente de ideologia partidária, para não permitir o fim das operações da Petrobras no Porto de Cabedelo.

“É necessário a união de todos, dos nossos três senadores, dos nossos doze deputados federais e do nosso governador, que aliás, está pessoalmente trabalhando nesse sentido. O fim da cabotagem no Porto de Cabedelo, além da perda de arrecadação de ICMS, causaria desemprego e aumento no preço final do combustível”, observou.

“Neste momento, a união da bancada federal é necessária, independente de ideologia partidária. Durante o colapso que vivenciamos nos últimos dias, teve cidade que o produto era encontrado em apenas um posto. É preciso que os políticos se unam! è uma questão de necessidade, de humanidade, de sensibilidade, em prol da população”, completou o empresário.

Nelson Lira alertou que o fim das operações da Petrobras no Porto de Cabelo causaria prejuízo econômico a toda estrutura pública do Estado. “Não seria apenas uma perda financeira para o Estado, pois do total de ICMS arrecadado, 25% é repassado para as prefeituras. Ou seja, todos os municípios paraibanos teriam perda de arrecadação, em especial a cidade de Cabedelo, onde estão instalados os terminais da Petrobras”, comentou.

Desabastecimento

Sobre a demora na chegada do navio que abastece os tanques no Porto de Cabedelo, o empresário explicou o motivo do recente desabastecimento nos postos de combustíveis da Paraíba. “A gasolina não é um produto que possa ser estocado durante seis meses ou 1 ano. Os estoques reguladores são de no máximo de cinco a dez dias, não só nos postos, como nas próprias distribuidoras”, disse.

“As capacidades de estocagem são pequenas, isso em todo mundo, então, não se tem como se preparar. Ressalto que nenhuma cidade está preparada para isso, nem a Capital, nem os outros municípios”, acrescentou Nelson Lira.