O presidente Jair Bolsonaro disse, na manhã desta quinta (7), que os militares precisarão fazer sacrifício com a nova reforma da Previdência, mas garantiu que as especificidades de cada uma das três Forças serão respeitadas.
“O que eu quero aos senhores é sacrifício também. Entraremos sim, numa nova Previdência que atingirá os militares, mas não deixaremos de lado, não esqueceremos as especificidades de cada força”, declarou o presidente, que participou da cerimônia de celebração dos 211 anos do Corpo de Fuzileiros Navais no Centro do Rio de Janeiro.
A proposta de reforma previdenciária foi entregue pelo governo ao Congresso no dia 20 de fevereiro e não incluía os militares. Na ocasião, o secretário de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, disse que em até 30 dias o governo apresentaria um projeto com mudanças nas regras do regime dos militares.
O discurso do presidente aos militares durou menos de 4 minutos. Além de falar sobre a Previdência, Bolsonaro disse que quer fazer do Brasil um país de primeiro mundo e que reconhecerá os militares neste contexto.
“Temos uma missão de mudar o Brasil. Esse foi nosso propósito, essa foi nossa bandeira ao longo de quatro anos andando por todo Brasil. O que eu quero para o senhores, meus irmãos militares, vocês conversando, ouvindo, debatendo uma retaguarda jurídica para que vocês possam exercer seus trabalhos, em especial nas missões extraordinária da tropa”, afirmou o presidente.
A cerimônia no corpo de fuzileiros navais foi o primeiro evento público do presidente depois do episódio em que ele postou um vídeo com conteúdo pornográfico em sua conta no Twitter. A visualização do vídeo foi restringida, com alerta de conteúdo sensível, e a postagem, feita na terça-feira (5), gerou polêmica ao longo da quarta (6).
Também estiveram presentes na cerimônia, o líder do governo, deputado Vitor Hugo (PSL-GO); o ministro da Defesa, Fernando Azevedo; o comandante da Marinha, Almirante Ilques Barbosa Júnior; o comandante do Exército, general Edson Leal Pujol; o comandante da Força Aérea Brasileira, brigadeiro Antônio Carlos Moretti Bermudez; e o prefeito do Rio, Marcelo Crivella. As informações são do G1.